Fed volta a aumentar taxa de juros, Bitcoin segue estático

Com o novo aumento de 0,25%, a taxa de juros americana está entre 5,25 e 5,5%, seu maior nível dos últimos 22 anos. Em nota, o Fed comentou que a decisão do Comitê foi unânime.

O Banco Central dos EUA, também chamado de Federal Reserve ou apenas Fed, voltou a aumentar a taxa de juros nesta quarta-feira (26). O aumento de 0,25% em julho acontece após uma pausa no mês de junho.

Em resposta, o Bitcoin manteve-se estático nos US$ 29.300. O motivo da falta de reação pode ter sido a queda da segunda-feira (24), uma antecipação da nova martelada do Fed, já previsto pela maioria dos analistas.

Agora, investidores já estão de olho na próxima reunião do FOMC, marcada para 20 de setembro, tempo suficiente para a economia americana reagir a nova pressão da política monetária de Jerome Powell.

Taxa de juros americana chega a máxima de 22 anos

Com o novo aumento de 0,25%, a taxa de juros americana está entre 5,25 e 5,5%, seu maior nível dos últimos 22 anos. Em nota, o Fed comentou que a decisão do Comitê foi unânime.

Segundo o texto, os indicadores mostram que a atividade econômica dos EUA está expandindo a um ritmo moderado, já as contratações estão altas e a taxa de desemprego baixa. “A inflação continua elevada”, adicionou o Fed.

“O Comitê visa alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% (ao ano) no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais de 5,25 a 5,5%.”

Segundo o último relatório do Índice de Preços ao Consumidor, publicado no dia 12 de julho, a inflação americana está em 3%. No entanto, uma análise detalhada mostra que os alimentos seguem encarecendo, registrando aumentos de 4,7% e 7,7%, para comida em casa e fora, respectivamente.

Um dos poucos setores que está apresentando queda nos preços é o de energia, contribuindo para a diminuição da inflação. Combustíveis tiveram uma baixa de 26,5% no mês de junho, óleo combustível teve uma redução de 36,6%.

Inflação dos EUA chega aos 3%, mas alimentos ainda seguem próximos aos 6%. Setor de energia está contribuindo para os dados.
Inflação dos EUA chega aos 3%, mas alimentos ainda seguem próximos aos 6%. Setor de energia está contribuindo para os dados.

Por fim, como mencionado anteriormente, os EUA também estão avaliando a atividade econômica através de contratações do setor privado, um dos maiores indicadores usados para determinar a taxa de juros.

Próxima reunião do Fed está marcada para setembro

Marcada para o dia 20 de setembro, daqui a 55 dias, a próxima reunião do Fed está longe e pode dar espaço para os mercados ficarem mais soltos. Analistas devem acompanhar dados da economia americana, como inflação e taxa de emprego, para antecipar o próximo movimento do BC americano.

Como aconteceu nesta semana, o Bitcoin caiu antes mesmo do anúncio oficial do Fed, conforme o aumento já estava previsto. Uma boa ferramenta para acompanhar tais previsões é o FedWatch Tool, disponibilizada pela CME.

CME FedWatch Tool, mostrando previsão atual para a próxima reunião do Fed, marcada para 20 de setembro.
CME FedWatch Tool, mostrando previsão atual para a próxima reunião do Fed, marcada para 20 de setembro.

Conforme observado na imagem acima, analistas apontam para uma possibilidade de 79,1% do Fed voltar a pausar os juros em setembro. Já 20,3% acreditam em um novo aumento de 0,25% e, por fim, outros 0,6% apontam para uma alta de 0,5% nos juros.

De qualquer forma, tais previsões devem sofrer alterações com a liberação de novos dados sobre a economia americana nos próximos meses. Portanto, deve ser acompanhada com certa frequência.

Jerome Powell, presidente do Fed, participará de uma live às 15:30, horário de Brasília, e poderá dar pistas sobre o que os mercados devem esperar para a próxima reunião. A live pode ser acompanhada no vídeo abaixo.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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