O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já criticou o uso do bitcoin como moeda de curso legal em um país.
Nesta sexta-feira (9), o mercado financeiro acompanhou o anúncio de Luiz Inácio Lula da Silva para os seus primeiros ministros, que fazem a composição de seu terceiro mandato.
Os primeiros nomes agora começam a ser absorvidos pelo mercado financeiro e e de criptomoedas.
Fernando Haddad já criticou adoção do bitcoin como moeda em El Salvador
Professor universitário, candidato a presidente no Brasil em 2018, e futuro ministro da Fazenda, a trajetória de Fernando Haddad começa a ser trilhada na busca do Brasil recuperar sua economia, em um momento de crise mundial.
Não está claro ainda quais os planos do novo ministro de Lula para resolver a inflação alta no país, assim como melhorar a qualidade de vida da população, pauta do projeto de governo do presidente eleito em sua campanha.
No entanto, o que está claro é que, sob a gestão de Haddad, dificilmente o bitcoin ganhará tração no Brasil como uma moeda de curso legal.
Em 2021, por exemplo, El Salvador foi o primeiro país a adotar a moeda. Ao ver a situação, um dia antes da lei entrar em vigor no país da América Central, Fernando Haddad criticou a adoção do bitcoin na economia de El Salvador.
“Se nada for feito, os países da América Latina perderão um a um a soberania sobre suas moedas. Os EUA desejam um euro sem UE, isto é, uma AL dolarizada com um muro nos separando do norte. O pior cenário. Só um Brasil insubmisso pode refrear essa tendência.”
Se nada for feito, os países da América Latina perderão um a um a soberania sobre suas moedas. Os EUA desejam um euro sem UE, isto é, uma AL dolarizada com um muro nos separando do norte. O pior cenário. Só um Brasil insubmisso pode refrear essa tendência.https://t.co/pcCMpHJcOu
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) September 6, 2021
Crítico do bitcoin, entusiasta da “blockchain”
A comunidade de bitcoin mundial tem o entendimento que a moeda digital é promissora em países, principalmente aqueles de moedas fracas ou que não possuem divisas próprias.
Contudo, Fernando Haddad já demonstrou que o Brasil não deve abdicar da soberania de sua moeda, o Real brasileiro. O discurso seguirá alinhado com a atual gestão do Banco Central do Brasil, que planeja a instalação do Real digital justamente para fazer frente a escalada do bitcoin no país.
Apesar de ser um crítico do bitcoin e opositor a tecnologia financeira, Haddad já teve seu plano de governo registrado em blockchain.
Após a escolha de seu nome para a economia, ele publicou que pretende ajudar a reconstruir o Brasil, com desenvolvimento e justiça social.
Vamos juntos reconstruir o Brasil pelo caminho do desenvolvimento e da justiça social.
📷 @ricardostuckert pic.twitter.com/zQknB4vqP7— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) December 9, 2022