FMI diz que Bitcoin está sendo amplamente usado em transações internacionais

Usando dois conjuntos de dados, um da Chainalysis e outro da LocalBitcoins, o FMI destaca para uma diferença entre dados on e off-chain. Uma das diferenças destacadas foram as taxas de negociação e transação, que podem afetar o comportamento de investidores.

Um estudo do Fórum Mundial Econômico (FMI), publicado no início deste mês, revela que o uso do Bitcoin em transações internacionais está crescendo. Os países em destaque são aqueles mais afetados pela inflação de suas moedas locais, como Argentina e Venezuela.

“A magnitude de entradas, em comparação com outros países, é especialmente alta em alguns países da América Latina, como Argentina e Venezuela”, escreveu o FMI. “Também observamos entradas relativamente grandes em vários países da África, Ásia e Europa Oriental.”

Usando dois conjuntos de dados, um da Chainalysis e outro da LocalBitcoins, o FMI destaca para uma diferença entre dados on e off-chain. Uma das diferenças destacadas foram as taxas de negociação e transação, que podem afetar o comportamento de investidores.

FMI faz correlação entre transações transfronteiriças de Bitcoin e o PIB de cada país. Quanto mais escuro é o tom de verde, maior é a proporção. Os dados são da Chainalysis. Fonte: FMI/Reprodução.
FMI faz correlação entre transações transfronteiriças de Bitcoin e o PIB de cada país. Quanto mais escuro é o tom de verde, maior é a proporção. Os dados são da Chainalysis. Fonte: FMI/Reprodução.
Mesmo estudo, mas agora com dados da LocalBitcoins, corretora de Bitcoin. Fonte: FMI/Reprodução.
Mesmo estudo, mas agora com dados da LocalBitcoins, corretora de Bitcoin. Fonte: FMI/Reprodução.

Brasil também é citado no relatório

Em outro trecho, o FMI cita um segundo estudo sobre Bitcoin com foco no Brasil. No entanto, destaca diferenças entre eles.

Como exemplo, enquanto os outros pesquisadores afirmam que os fluxos transfronteiriços de Bitcoin por brasileiros não estão correlacionados com os fluxos regulares de capital, o FMI destaca que possui uma melhor visão ao olhar para dados on e off-chain.

“Isso permite identificar não apenas os prós e contras de diferentes abordagens para estimar os fluxos transfronteiriços de Bitcoin, mas também fornecer fatos estilizados esclarecedores.”

Além de citar o problema da inflação, que faz muitas pessoas procurarem o Bitcoin como uma proteção, o estudo também olha para o índice de medo e ganância do mercado cripto, diferença da taxa de juros entre outros países e os EUA, e outros fatores que possam acelerar essa adoção.

“Entre os conjuntos de impulsionadores domésticos, descobrimos que um aumento na inflação resulta em entradas e saídas maiores”, escreveu o FMI. “Um aumento no preço paralelo está associado a maiores saídas.”

“Esses achados estão alinhados com um conjunto recente de trabalhos que sugerem que o Bitcoin facilita a circunvenção de restrições ao fluxo de capital.”

Fluxos de Bitcoin e EPFR (fundos de investimento emergentes) comparados ao PIB de cada país estudado. Fonte: FMI/Reprodução.
Fluxos de Bitcoin e EPFR (fundos de investimento emergentes) comparados ao PIB de cada país estudado. Fonte: FMI/Reprodução.

Os dados também mostram que a demanda por Bitcoin é global, especialmente em países que não são considerados potências econômicas.

“Os mercados de criptomoedas estão evoluindo rapidamente”, concluiu o FMI, notando que a aprovação dos ETFs de Bitcoin nos EUA pode acelerar essa adoção.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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