Apesar de sempre expressar repúdio em relação às criptomoedas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse recentemente que os ativos digitais podem ser alternativas eficazes em relação ao sistema financeiro tradicional.
Em um artigo do FMI publicado em 16 de junho, a organização disse que as criptomoedas podem ser uma solução de pagamento “mais eficaz” do que cartões de crédito e débito, especialmente no consumo de energia.
O FMI, que foi criado em 27 de dezembro de 1945, trabalha para #alcançar o crescimento sustentável e a prosperidade para todos os seus 190 países membros” ao “apoiar políticas econômicas que promovam a estabilidade financeira e a cooperação monetária, que são essenciais para aumentar a produtividade, a criação de empregos, e bem-estar econômico”.
O atual sistema de pagamentos, incluindo os sistemas legados dos bancos centrais, consome muita energia. Assim, a mudança para energias renováveis em todo o setor financeiro deve ser uma prioridade, de acordo com analistas do FMI.
O FMI revelou que alguns bancos centrais estão considerando criar moedas digitais disponíveis em cartões físicos; portanto, deve haver uma solução para reduzir o consumo de energia. A entidade afirmou que a integração de criptomoedas e CBDCs com cartões físicos ajudará na adoção em massa.
“Dependendo dos detalhes específicos de como eles são configurados, as CBDCs e algumas criptomoedas podem ser mais eficientes em termos de energia do que grande parte do cenário de pagamento atual, incluindo cartões de crédito e débito.”
A organização reconheceu que, embora o futuro do dinheiro ainda seja desconhecido, os formuladores de políticas que consideram a adoção de CBDCs e criptomoedas devem analisar o fator de energia de forma abrangente.
“Baseamo-nos em estimativas acadêmicas e do setor para comparar as moedas digitais entre si e com os sistemas de pagamento existentes. Esta pesquisa está na interseção de moedas digitais e mudanças climáticas, dois assuntos importantes para os formuladores de políticas, e as conclusões são especialmente pertinentes para muitos bancos centrais que planejam novas moedas digitais ao mesmo tempo em que consideram seu impacto ambiental. Nossa pesquisa mostra como as escolhas de design tecnológico para moedas digitais fazem uma grande diferença no consumo de energia.”
De acordo com o FMI, o consumo de energia será fundamental para determinar o futuro do dinheiro, especialmente com sistemas de pagamento que adotam blockchain.
Apesar disso, o FMI apontou que criptomoedas que usam algorítimo de prova de trabalho (PoW) como Bitcoin consomem mais energia do que cartões de crédito e recomendou focar em ativos digitais com mecanismo de consenso ou sistemas autorizados.
O órgão observou que “esses avanços colocam o consumo de energia da criptomoeda bem abaixo do consumo de cartões de crédito”.