Jon Oringer, fundador e CEO do Shutterstock, o maior banco de imagens do mundo, revelou recentemente em entrevista à Bloomberg que não apenas investiu em Bitcoin, mas que a sua empresa de capital de risco Pareto Holdings está considerando comprar a criptomoeda.
Durante a sua entrevista, Oringer falou sobre seus atuais investimentos e como ele se mudou para Miami para tentar encontrar “o novo Google” na cidade com bastante foco tecnológico. Mas o ponto mais interessante é sobre a sua decisão de começar a investir em Bitcoin.
Ao contrário de muitos investidores iniciais, Oringer mostrou saber como usa seu dinheiro e demonstrou interesse no Bitcoin logo após sua queda de 50% em maio. Ele aproveitou o momento de entrada, observando que a tecnologia por trás do Bitcoin é uma ferramenta que com certeza tem valor.
“Quando as pessoas e as empresas entenderem como construir uma infraestrutura baseada em Blockchain, isso se tornará muito interessante”, disse o bilionário.
Para o CEO do Shutterstock, as criptomoedas “estão aqui para ficar” e com o tempo veremos mais descentralização e plataformas que utilizam essa tecnologia. Ele também disse que quanto mais essas plataformas se desenvolvem, mais forte o criptomercado se torna e as principais moedas se valorizam, já que elas são partes essenciais dessas redes descentralizadas.
Confiança nos mercados de NFT
Oringer também se mostrou muito confiante com o mercado das NFTs, que criou um grande hype no começo deste ano, mas voltou a ser mais ‘nichado’ nas últimas semanas. Como o empresário tem como principal foco um site com venda de fotos e gerenciamento de direitos autorais, é fácil entender seu interesse por esse tipo de token.
Ele acredita que os tokens não fungíveis podem ser um fenômeno que vai permitir a “legitimação” de parte dessa nova tecnologia (blockchain) e serão pilares para explicar o porque elas são necessárias.
E claro, ele também falou que o Shutterstock está estudando a implementação de um mercado de NFT e a exploração da blockchain como forma de impactar o mercado de vendas de fotografias, vídeos e imagem.
“Em última análise, tudo se resume à confiança. Se houver um sistema em que os usuários não tenham motivos para não confiar no mercado ou no mecanismo, acho que o blockchain pode consertar a situação ”, disse ele.
A blockchain e suas ferramentas de verificação e transparência garantem uma maior facilidade para determinar quem é ou criador de uma imagem e quem detém seus direitos autorais, poderia, em teoria, revolucionar a forma em que o mercado dessa indústria funciona.
No entanto, vale aguardar para ver como isso pode beneficiar o Shutterstock e como o famoso site pode incorporar NFTs em seu serviço.