Com o Brasil convidado a participar da cúpula do G7, o presidente Lula acompanhou os debates no Japão das maiores potências na economia mundial, encontro que acabou evidenciando uma nova pressão ao mercado de criptomoedas.
Embora o tema não tenha tomado grande parte das discussões dos países membros, o pouco que se falou já pressiona o mercado cripto.
Vale lembrar que a nova possível onda de pressão deve focar em empresas que fazem a intermediação de negócios para investidores do mercado de criptomoedas.
O que disse o G7 sobre o mercado de criptomoedas?
Se reunindo em Hiroshima, no Japão, cidade que foi uma das atingidas por uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial, o encontro do G7 pediu a paz mundial e uma maior comunicação de líderes em prol do assunto.
Em seu discurso na sessão 8, o presidente Lula condenou o uso de bombas atômicas e a invasão russa na Ucrânia.
Temas como agenda ambiental, ameaças a democracia, segurança alimentar, entre outros tiveram destaque na reunião.
E ao divulgar a carta final do G7 2023, os líderes ainda tiveram tempo de deixar claro sua posição com o mercado de criptomoedas. De acordo com os membros do grupo, a tecnologia das moedas digitais descentralizadas tem facilitado a arbitragem regulatória, mas tudo deve mudar com novas políticas mais duras ao setor.
“Monitoramento, regulamentação e supervisão eficazes são essenciais para lidar com os riscos de estabilidade e integridade financeira apresentados pelas atividades e mercados de criptoativos e para evitar a arbitragem regulatória, ao mesmo tempo em que apoiam a inovação responsável.”
Membros do G7 buscam soluções de dinheiro digital fiduciário e equilíbrio do sistema financeiro mundial
O ano de 2023 começou com algumas quebras de bancos nos Estados Unidos e Europa, o que assustou investidores de todo o mundo. Contudo, passados alguns meses, o tema voltou a ganhar destaque no G7.
E na carta publicada por líderes ao final da reunião, eles deixam claro que continuarão a monitorar riscos no setor financeiro. Além disso, declararam que o sistema bancário ainda segue resiliente as crises e que eles esperam melhorar mais.
Por fim, os membros do G7 divulgaram um interesse na busca pelo dinheiro digital fiduciário, como forma de aproveitar os benefícios da inovação. As moedas digitais de bancos centrais se tornaram conhecidas em todo o mundo como CBDC.
“Continuaremos a monitorar de perto os desenvolvimentos do setor financeiro e estaremos prontos para tomar as medidas apropriadas para manter a estabilidade financeira e a resiliência do sistema financeiro global. Reafirmamos que nosso sistema financeiro é resiliente, apoiado pelas reformas regulatórias financeiras implementadas após a crise financeira global de 2008. Apoiamos fortemente o trabalho do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) e dos órgãos normativos para aumentar a resiliência da intermediação financeira não bancária.
Continuaremos a deliberar políticas sobre dinheiro digital para aproveitar os benefícios da inovação, como eficiência de pagamento e inclusão financeira, ao mesmo tempo em que abordamos os riscos potenciais à estabilidade, resiliência e integridade do sistema monetário e financeiro.”
Além do Brasil, participaram do G7 os países convidados da Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã.