O mercado de criptomoedas começa a semana sob holofotes dos grandes países do mundo. Após uma reunião do G7, o grupo dos países mais industrializados se posicionou sobre às criptomoedas.
O assunto foi apenas um dos temas discutidos pelos representantes dos países. Isso porque, a Covid-19 e a eventual recuperação da economia também foram pauta.
A reunião acontece dias após o Facebook discutir a mudança de nome da sua criptomoeda, antes chamada de Libra. Além disso, a rede social teria mudado o “lastro” da sua moeda digital, mas isso não afastou os reguladores.
Apesar do Facebook ser o possível alvo dos países, o Bitcoin também poderá ser incluído nas medidas.
G7 se reuniu nesta segunda e deverá criar regras para criptomoedas
De acordo com a Reuters, a reunião do G7 nesta segunda não foi nada boa para o projeto ambicioso do Facebook. Com a intenção de lançar sua própria criptomoeda, o projeto continua chamando atenção.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, teria declarado que a reunião fora produtiva. Dessa forma, o G7 se posicionou para criar regras sobre a Covid-19, recuperação da economia e até criptomoedas.
Productive #G7 call this morning. We discussed the effective actions in response to COVID19, strategies to achieve a robust recovery, and cryptocurrencies. pic.twitter.com/pBtRn5qjrR
— Steven Mnuchin (@stevenmnuchin1) December 7, 2020
Já o ministro das finanças da Alemanha, outro país do bloco, teria dito que a criptomoeda do Facebook continua sendo um lobo. A fala teria relação com o Facebook alterando o nome da moeda de Libra para Diem.
“Um lobo em pele de cordeiro ainda é um lobo”, teria dito Olaf Scholz, segundo a Reuters
Olaf Scholz ainda teria dito que nem a Alemanha, nem a Europa, podem aceitar a entrada desta criptomoeda. Segundo a Reuters, o ministro alemão declarou que “devemos fazer de tudo para que o monopólio da moeda continue na mão do estado“.
Veterana de Wall Street acredita que moeda do Facebook é um rombo na política monetária
Para Caitlin Long, uma veterana de 22 anos de Wall Street, a nova moeda do Facebook é perigosa para os estados. Long é CEO e fundadora da Avanti Bank & Trust, um banco de Wyoming, nos Estados Unidos, que pretende ser a ponte entre criptomoedas e o dólar americano.
De acordo com Caitlin, a nova moeda exigirá muitas garantias de bancos centrais para funcionar. Dessa forma, a Libra (ou Diem), poderia ser grande o suficiente até para obstruir a política monetária.
Ou seja, com uma “ameaça” real, os bancos centrais e setores financeiros dos estados dificilmente ficariam parados apenas assistindo essa criação.
Fica claro que a nova posição do G7 em relação às criptomoeda pode ser principalmente atribuída ao Facebook. Caso regras duras sejam criadas ao mercado “cripto”, prejudicando até o Bitcoin, o culpado já pode ter sido detectado.
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