Cameron e Tyler Winklevoss, conhecidos como os ‘gêmeos do Facebook’, estão acusando o banco JPMorgan de perseguição por negar a reabertura da conta de sua corretora de Bitcoin, a Gemini.
Os problemas teriam começado ainda em 2023, quando a Gemini se envolveu em um escândalo com a Genesis, subsidiária do DCG. No entanto, na época a corretora afirmou que seu relacionamento com o banco continuava “intacto”.
Fundadores da Gemini acusam JPMorgan de perseguição
Durante sua campanha presidencial, Donald Trump prometeu acabar com a “Operação Chokepoint 2.0”, uma tentativa de frear a expansão de empresas do setor de criptomoedas pelo governo anterior.
As promessas foram cumpridas, incluindo a assinatura do Genius Act neste mês, evento onde Cameron e Tyler Winklevoss estiveram presentes.
No entanto, poucos dias após isso, os gêmeos do Facebook foram às redes sociais para acusar o JPMorgan de perseguição.
“Meu tweet da semana passada tocou num ponto sensível. Nesta semana, o JPMorgan nos informou que, por causa dele, eles estavam pausando o processo de reativação da conta da @Gemini como cliente, após terem nos desligado durante a Operation ChokePoint 2.0.”
“Desculpe, Jamie Dimon, não vamos ficar em silêncio. Vamos continuar denunciando esse comportamento anticompetitivo, extrativista e essa tentativa imoral de levar fintechs e empresas de criptomoedas à falência. Nunca vamos parar de lutar pelo que é certo!”, escreveu Tyler na sexta-feira (25).
My tweet from last week struck a nerve. This week, JPMorgan told us that because of it they were pausing their re-onboarding of @Gemini as a customer after they off-boarded us during Operation ChokePoint 2.0. They want us to stay silent while they quietly try to take away your… https://t.co/c9Ls7QpAmT
— Tyler Winklevoss (@tyler) July 25, 2025
O tuíte que iniciou os problemas entre Gemini e JPMorgan
Antes disso, no dia 19, o bilionário publicou um texto criticando a postura do JPMorgan e outros bancos de pressionar o governo para extinguir uma lei que permite o acesso de dados bancários por seus clientes através de aplicativos de terceiros.
“JPMorgan e os banqueiros estão tentando destruir as empresas de fintech e criptomoedas”, disse Tyler no tuíte que deu início à confusão.
Além da própria Gemini, o texto também cita as concorrentes Coinbase e Kraken, afirmando que essa pressão dos bancos “levará fintechs que ajudam você a conectar suas contas bancárias a empresas de criptomoedas à falência”.
Uma dessas startups seria a Plaid.
“Os banqueiros estão processando o CFPB (Escritório de Proteção Financeira ao Consumidor) para anular essa regra [que lhe dá o direito de acessar seus dados bancários por meio de apps de terceiros] e acabar com a era do open banking”, escreveu Tyler. “Esse é um exemplo gritante de captura regulatória que destrói a inovação, prejudica o consumidor americano e é ruim para os EUA.”
“Jamie Dimon e seus comparsas estão tentando sabotar o mandato do presidente Trump de transformar os EUA na capital da inovação e das criptomoedas. Precisamos reagir!”
JPMorgan and the banksters are trying to kill fintech and crypto companies. They want to take away your right to access your banking data for FREE via-third party apps like @Plaid and instead charge you and fintechs exorbitant fees to access YOUR DATA. This will bankrupt fintechs… pic.twitter.com/LpDVGXVrKq
— Tyler Winklevoss (@tyler) July 20, 2025
O caso mostra que mesmo com um presidente pró-criptomoedas, empresas do setor continuam pressionadas, bem como uma vigia sobre opiniões contrárias aos interesses dos bancos.