Hackers tem site invadido e 60.000 endereços de Bitcoin são expostos

LockBit afirmou que ataque “afeta sua reputação”. Grupo ficou famoso após atacar computadores da Receita Federal da Itália, Ministério da Justiça da França, Accenture, e outras empresas.

O LockBit, um dos grupos de hackers mais famosos do mundo, teve seu site invadido nesta quarta-feira (7). Segundo as informações, diversos dados foram vazados, incluindo cerca de 60.000 endereços de Bitcoin, uma lista de 75 nomes envolvidos, bem como conversas com suas vítimas.

O invasor deixou a mensagem “Não cometa crimes, CRIME É RUIM. Beijos (xoxo) de Praga”, em inglês, bem como um link para um arquivo chamado “paneldb_dump.zip”.

O vazamento de dados do LockBit

O LockBit oferece uma solução de Ransomware-as-a-Service (RaaS) aos seus clientes. Ou seja, permite que outros hackers usem seus códigos para sequestrador computadores de vítimas em potencial e então exigir um pagamento de resgate em Bitcoin.

No total, estima-se que o grupo já tenha lucrado US$ 150 milhões (R$ 850 milhões) com suas operações.

Dentre seus alvos mais famosos estão a Accenture, o Ministério da Justiça da França, a Receita Federal da Itália, o Porto de Lisboa, bem como um hospital do Canadá focado em crianças.

Fontes que tiveram acesso aos dados vazados apontam que os hackers tiveram 59.975 endereços de Bitcoin expostos. No entanto, há um conflito sobre as chaves-privadas, alguns apontam que elas foram vazadas, outros negam.

Endereços de Bitcoin vazados do LockBit. Fonte: SlowMist/Reprodução.
Endereços de Bitcoin vazados do LockBit. Fonte: SlowMist/Reprodução.

O que se tem certeza é que as conversas entre os hackers e suas vítimas, negociando a liberação dos sistemas, foram expostas.

Como exemplo, uma das vítimas afirma que pode pagar US$ 2.600. Em outro bate-papo, um dos hackers ameaça expor os dados da vítima após 48 horas caso o pagamento não seja efetuado a tempo.

Conversas entre hackers da LockBit e suas vítimas foram vazadas em ataque. Fonte: Slowmist/Reprodução.
Conversas entre hackers da LockBit e suas vítimas foram vazadas em ataque. Fonte: Slowmist/Reprodução.

Indo além, 75 hackers do LockBit foram expostos. Segundo análises, a invasão pode ter ocorrido ainda no dia 29 de abril, há uma semana.

“Um número significativo de “usuários” com conta na parte invadida da infraestrutura do #LockBit estava inativo. Tracei uma linha do tempo de atividade para os restantes. Vale notar que o ataque parece ter ocorrido em 29 de abril.”

Usuários do LockBit expostos após invasão. Fonte: X/Reprodução.
Usuários do LockBit expostos após invasão. Fonte: X/Reprodução.

Por fim, essas informações também devem ser úteis para autoridades, que há anos tentam alcançar as principais mentes por trás dessa operação.

Hackers dizem que sua reputação foi manchada e colocam prêmio por informações sobre seu atacante

No canal oficial do LockBit, o suporte confirmou que os dados foram vazados, mas apontou que nenhum “decodificador”, ferramenta usada para remover o ransomware, foi exposta. Ou seja, os ataques continuarão.

De qualquer forma, o ataque foi sentido pelos hackers.

“Apenas endereços de Bitcoin e registros de chat foram vazados. Nenhum decodificador foi roubado”, disseram os hackers.

“Sim, isso afeta nossa reputação, mas relançar após corrigir o sistema também afetaria. O código-fonte não foi roubado. Já estamos trabalhando na recuperação.”

Em outra mensagem, os hackers notam que o atacante se chama “xoxo” (que pode ser traduzido para ‘beijo’) e afirmam estarem dispostos a pagar uma recompensa por suas informações pessoais.

$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na maior corretora de criptomoedas do mundo e ganhe até 100 USDT em cashback. Acesse Binance.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
Comprar agora

Últimas notícias