Após China planejar banir mineração, hashrate do Bitcoin começa cair

Michael Saylor da Microstrategy, que apostou o futuro de sua empresa no Bitcoin, compartilhou sua opinião, afirmando que os fãs da moeda digital têm muita sorte de a China banir a atividade de mineração.

O hashrate do Bitcoin caiu cerca de 33% nos últimos 3 dias, de 185 exahashes para 124 exahashes por segundo. Uma queda similar foi vista no mês passado, quando um incidente em Xinjiang paralisou fazendas de mineração na região.

Desta vez, o motivo é que o governo da China emitiu um comunicado informando que vai aumentar a repressão contra a atividade.

As autoridades pediram aos cidadãos para denunciar qualquer minerador de criptomoedas, observando que às vezes eles se ‘disfarçam’ de datacenters, se beneficiando da redução de impostos e preços de energia.

hashrate Bitcoin cai 33%
hashrate Bitcoin cai 33%

A rede do Bitcoin, portanto, está atualmente funcionando mais lentamente do que o normal devido a essa interrupção gradual da mineração, às vezes com apenas um bloco encontrado em uma hora, em oposição aos seis habituais.

Como pode ser visto no gráfico abaixo, há três horas apenas um bloco foi minerado e apenas três foram encontrados há quatro horas.

últimos blocos minerados
últimos blocos minerados. Imagem: TrustNodes

Bitcoin não depende da China

Como sempre acontece nesse tipo de situação, o ‘problema’ é temporário e a própria rede se ajusta, mas agora parece que o Bitcoin vai se beneficiar melhor da situação.

Enquanto o Bitcoin for minerado principalmente na China, onde as usinas de carvão são responsáveis ​​pela maior parte da energia gerada, a criptomoeda permanecerá “suja” e dará aos fanáticos munição para criticas.

Em outras palavras, com a China cumprindo sua promessa de banir a mineração de Bitcoin, os críticos terão uma mentira a menos para contar, e o Bitcoin continuará funcionando da mesma forma, porém, com mineradores espalhados em outras partes do mundo.

Atualmente mais de 60% da mineração do Bitcoin é realizada na China, se por acaso o país simplesmente desligar todos os equipamentos de mineração, a criptomoeda continuará funcionando com o restante dos mineradores, mas haverá um período de até 14 dias para a rede se ajustar.

Mineração de Bitcoin por país.
Mineração de Bitcoin por país.

Michael Saylor da Microstrategy, que apostou o futuro de sua empresa no Bitcoin, compartilhou sua opinião, afirmando que os fãs da moeda digital têm muita sorte de a China banir a atividade de mineração:

“A repressão aos mineradores na China reduziria radicalmente a pegada de carbono da mineração de Bitcoin, aumentaria a lucratividade de todos os demais mineradores, reduz o incômodo FUD da China, apoa o progresso em direção às nossas metas e aumenta o valor de Bitcoin. Somos muito sortudos…” – Disse Saylor.

Em meio à repressão do governo, Huobi bloqueia mineradores, OKEx limita serviços para clientes chineses

Segundo o jornalista Colin Wu, que publica fatos relevantes da China na conta do Twitter Wu Blockchain, a Huobi Pool, uma subsidiária da corretora chinesa Huobi, não vai mais vender equipamentos de mineração e nem fornecer serviços de mineração para mineradores de Bitcoin na China.

A Huobi é uma importante corretora para investidores chineses e ela possui a oitava maior pool de mineração do mundo, com 4% de hashrate (poder de mineração) de toda a rede do Bitcoin.

Assim, sua saída do mercado é ruim para a rede no curto prazo, mas extremamente positivo no longo prazo, já que significa que a influência da China na mineração de Bitcoin vai caindo.

A OKEx, outra gigante chinesa, disse ao site Decrypt que também vai suspender alguns serviços aos chineses em sua plataforma de P2P, a partir desta segunda (24).

A empresa não explicou o motivo específico, mas afirmou ao site que tem compromisso com a “conformidade regulatória.”

As duas empresas estão deixando de oferecer serviços na China seguindo as restrições impostas pelo governo do país.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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