Conforme mandados judiciais não possuem nenhum grande efeito sobre as criptomoedas, muitas pessoas em processo de divórcio estão escondendo parte de suas economias em criptos. Seu intuito, obviamente, é não dividir o patrimônio.
Segundo dados da iNews, quem mais se aproveita desta tática são os maridos. Como exemplo, o portal cita a separação de Erica e Francis DeSouza, que no início deste ano lutaram não apenas pela guarda de seus filhos e da casa, mas também dos investimentos em criptomoedas.
“Originalmente, o dinheiro estava debaixo do colchão e depois era uma conta bancária nas Ilhas Cayman. Agora são criptomoedas”, comentou a advogada Jacqueline Newman na época.
DeSouza teria comprado 150.000 dólares em Bitcoin ainda em 2013, quando a criptomoeda valia apenas centenas de dólares. Já na data da separação, seu investimento estava avaliado em US$ 23 milhões.
Quem fica com as criptomoedas?
Conforme os investimentos foram feitos durante o casamento, é natural esperar que as criptomoedas sejam divididas igualmente. Entretanto, tais disputas não são exclusivas de magnatas americanos e, como pode ser visto no vídeo abaixo, também atingem brasileiros.
“Vou me separar, ele comprou muitas criptomoedas, ele vai ter que dividir isso comigo, certo?” questiona uma esposa.
“Bom, se essas criptomoedas foram compradas durante o casamento de vocês, vai ter que dividir sim”, responde a advogada Aline Bernardes.
Kkkkkkkkkkkkk#Bitcoin pic.twitter.com/QAweHJjn4V
— Paradigma Education (@ParadigmaEdu) November 30, 2022
O perfil que compartilhou o vídeo dá risada, afinal pode ser difícil saber a quantia exata do investimento, e mais ainda confiscar tais criptomoedas.
Já o artigo da iNews recomenda que casais analisem transações bancárias para corretoras, bem como busquem por carteiras de hardware (que se parecem com pen drives) e até mesmo por um jogo de 12 palavras que dão acesso aos fundos.
“Verifique o histórico de pesquisas [de seu conjugue], buscando por notícias sobre criptomoedas”, finaliza a matéria.
Por fim, também é citado que uma única empresa de investigação digital já trabalhou em 150 casos de divórcios envolvendo criptomoedas nos últimos três anos, tendo rastreado mais de US$ 10 milhões em criptomoedas escondidas em vários destes casos.
Sendo assim, advogados precisam se atualizar. Afinal, investimentos em criptomoedas já são uma realidade frequente, sendo uma alternativa mais fácil do que abrir uma conta bancária nas Ilhas Cayman para quem não deseja dividir suas economias em um divórcio.