A maior rede social da China, Weibo, baniu 80 influenciadores populares focados em criptomoedas, todos com mais de oito milhões de seguidores. A ação é uma resposta às crescentes regulamentações chinesas sobre o mercado de criptomoedas.
Em comunicado divulgado na última terça-feira, a plataforma declarou que os influenciadores violaram um total de oito regras das áreas de marketing, segurança na Internet, telecomunicações, comércio e finanças.
A empresa disse que continuaria a “receber denúncias de usuários” e iniciaria investigações sobre “informações ilegais sobre negociação de criptomoedas”.
“A fim de implementar rigorosamente a “Lei do Banco Popular da China da República Popular da China”, “Lei do Banco Comercial da República Popular da China “, “Lei de Valores Mobiliários da República Popular da China” e “Lei de Valores Mobiliários da República Popular da China”, um total de 80 contas foram encerradas desta vez. “, disse a empresa.
O Weibo é a maior plataforma de mídia social da China, muitas vezes comparada ao Facebook. Fundado em 2009, o serviço permite que os usuários publiquem e interajam com mensagens, chamadas “weibos”, que podem conter até 2.000 caracteres.
A medida do Weibo é vista como parte de uma campanha mais ampla da rede social para “limpar a desinformação”. A empresa reforçou que continuará a regulamentar seu site em conformidade com as leis chinesas e está focada em investigar “informações ilegais de negociação de moeda virtual”.
Desde 2019, influenciadores da área de criptomoedas na China enfrentam um cenário regulatório desafiador, com diversas restrições e proibições impostas, conforme relatado pelo site South China Morning Post (SCMP).
O banimento das contas de influenciadores de criptomoedas faz parte de uma limpeza mais ampla na rede social, que afirmou ter banido mais de 140.000 contas envolvidas com as moedas digitais.
A postura estrita da China em relação às criptomoedas é clara. No mês passado, 458 pessoas foram presas por supostamente operar uma rede ilegal de negociação de criptomoedas. Paralelamente, o governo chinês tem mostrado interesse em monitorar o metaverso globalmente, decisão esta que tem sido criticada por diversos especialistas no assunto.
O futuro das criptomoedas na China ainda é incerto, mas é evidente que o governo mantém uma guerra contra o setor.
Atualmente, China é o segundo país mais populoso do mundo, atrás da Índia, e possuí 1,4 bilhão de habitantes. Portanto, não é surpresa que ele seja um dos maiores mercados de criptomoedas do mundo, mesmo com um governo tão autoritário.
Embora a China tenha conseguido vencer a guerra contra mineradores de criptomoedas, fazendo-os migrar para outros países, proibir o uso de criptomoedas parece ser uma guerra perdida. Afinal, a China ainda é um dos países que mais negociam criptomoedas no mundo.
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