Um investidor da empresa de criptomoedas Xland, com sede no Acre, resolveu retirar alguns móveis da sede, alegando que pegou um empréstimo. A empresa ganhou notoriedade no Brasil ao ser processada pelo ex-jogador do Palmeiras, Gustavo Scarpa.
O investidor que removeu os móveis tem pelo menos R$ 200 mil aportados na empresa acriana, que alega ter perdido o dinheiro dos investidores com a falência da FTX.
Além de Gustavo Scarpa, os jogadores do Palmeiras Mayke e o goleiro Weverton também podem estar na lista de credores da Xland. Outro ex-Palmeiras que alega prejuízos com a empresa é o William Bigode, atualmente no Athletico Paranaense, e diz ter perdido R$ 17 milhões.
Não está claro quem são as possíveis vítimas do esquema, que está sob apuração do Ministério Público do Acre, que acredita que a empresa tem uma possível atuação como esquema de pirâmide de criptomoedas.
Investidor com dinheiro preso em empresa de criptomoedas pega móveis na sede da Xland e cria polêmica
A Xland, com sede no Acre, está mudando sua atual sede de lugar e nos últimos dias um caminhão de mudança foi encontrado na porta do negócio. Acusada de travar o saque aos clientes, em mais de R$ 20 milhões só em jogadores de futebol, a empresa ainda enfrenta uma nova polêmica.
Isso porque, um ex-funcionário e investidor da empresa foi até a sede do negócio e pegou alguns móveis. A ação flagrada por câmeras mostra três homens entrando em salas e pegando cadeiras gamers, que pertencem a Xland.
O investidor, de acordo com informações do Rede Amazônica Acre, disse que estava pegando os móveis ‘emprestados’ para realização de um podcast. Contudo, ao sair do prédio, ele alegou ter sido atacado pela secretária, que tentou barrar sua saída a pedido do CEO da Xland, Gabriel.
Questionado, o investidor disse que os móveis estão à disposição para devolução e que não foram roubados. Já o presidente da empresa acusada de golpe articula com sua defesa o que pode ser feito para resolver o caso.
Decisão no Acre determinou apreensão de dinheiro da Xland
No Acre, uma recente decisão contra a Xland, dada no dia 21 de abril de 2023, pediu o bloqueio liminar de R$ 500 mil das contas da empresa.
Além disso, pede o bloqueio das pedras Alexandrita que a empresa afirmava lastrear o negócio.
Desde 2022, a empresa suspeita não libera os saques a clientes, acusando a FTX de causar o colapso de seu negócio. Uma das atividades ofertadas pela empresa é a de locação de criptomoedas, o que acende um alerta sobre o negócio.
Isso porque, outros negócios no Brasil que ofertavam negócios de locação de criptomoedas, como a Braiscompany e a Rental Coins, deixaram rastros de prejuízos a investidores brasileiros. O caso segue na justiça e apurado pelo MP do Acre.