Um investidor anônimo viu seu capital ser multiplicado em 81 vezes nas últimas semanas, transformando cerca de R$ 5.300 em mais de R$ 430 mil ao comprar uma memecoin ligada a Kamala Harris, vice-presidente de Joe Biden.
O motivo da valorização está ligado as eleições dos EUA. Isso porque muitos cogitam que Biden abandonará a corrida presidencial, deixando Harris como o principal nome do Partido Democrata.
Outras memecoins que subiram na última semana estão ligadas a Donald Trump, que sofreu uma tentativa de assassinato. No entanto, essas já estavam no mercado há mais tempo e não tiveram ganhos tão gigantes quanto as de Harris.
Investidor ganha R$ 430 mil investindo em memecoin de Kamala Harris
Segundo dados da Polymarket, um mercado de previsões descentralizados, as pessoas estão confiantes de que Kamala Harris seja um nome mais forte que Joe Biden nas eleições presidenciais americanas.
Isso porque Biden foi mal num recente debate contra Trump e ficou doente neste semana, acelerando os rumores de sua desistência.
“Kamala acabou de passar Biden (de novo).”
Kamala just flipped Biden (again). pic.twitter.com/ebI6U3keb0
— Polymarket (@Polymarket) July 17, 2024
Enquanto alguns apostam suas criptomoedas nessas enquetes, que terão fim apenas em novembro, outros estão buscando alternativas mais arriscadas e rápidas: memecoins.
Como exemplo, dados da Dexscreener mostram que um investidor comprou US$ 960 (R$ 5.300) na memecoin KAMA, ligada a Kamala Harris, no final de junho. Após a moeda disparar, o trader realizou diversas vendas, conseguindo US$ 78.700 (R$ 430.000) em lucros.
Outras pessoas lucraram ainda mais com a mesma memecoin, mas arriscaram muito. Ocupando a primeira posição, um deles aportou US$ 356 mil (R$ 2 milhões), mas conseguiu um lucro de US$ 183 mil (R$ 1 milhão).
Febre das memecoins ligadas a políticos devem continuar pelos próximos meses
Segundo relatório do CoinMarketCap publicado na última semana, as memecoins se tornaram a categoria de criptomoedas mais popular do site pela primeira vez, ultrapassando projetos mais sérios. Portanto, isso explica os números acima.
De qualquer forma, a história das memecoins ligadas à política é muito antiga. A primeira criptomoeda ligada a Trump, por exemplo, foi criada ainda em 2017. Mais tarde, a família do ex-presidente americano ameaçou processar seus criadores.
No Brasil, a origem dessas moedas é ainda mais antiga. A Dilmacoin, conhecida como “a moeda da presidenta”, foi criada em 2014.
Nos anos seguintes, brasileiros também criaram a Bolsonaro Coin, mas nenhuma delas teve tanto sucesso quanto as memecoins atuais ligadas a Trump, Biden ou Harris, que devem seguir fortes até novembro, data das eleições.
É difícil explicar como as memecoins chegaram onde estão. Para alguns, trata-se de uma resposta à própria piada que é o sistema monetário estatal. Outros afirmam que isso é apenas uma espécie de cassino disfarçado, onde poucos ganham e muitos perdem.