Um investidor que perdeu um Toyota Corolla ao buscar investir em bitcoin mal sabia estar perdendo seu veículo em um golpe. Nos últimos anos, infelizmente muitos investidores brasileiros acreditaram em rendimentos fixos ao mês e tiveram problemas.
As promessas feitas por líderes de golpes financeiros são tão surreais que convencem muitas pessoas que não entendem o básico de investimentos. Normalmente, promessas de 10% ao mês, ou 30% ao mês, convencem as pessoas a vender até suas casas e carros para apostar na “promissora empresa”.
Quando o golpe se revela, muitos se arrependem e buscam a via judicial para tentar reaver seu patrimônio. Vale lembrar que quaisquer promessas de rendimentos fáceis e rápidos são possíveis golpes, sendo os alertas iniciais que investidores devem se atentar para evitar.
Investidor que perdeu Corolla ao buscar investir em bitcoin espera reaver veículo
Em 2018, a Minerworld foi um golpe que recebeu atenção das autoridades e foi encerrado pela Operação Lucro Fácil do Gaeco de Mato Grosso do Sul. A empresa foi investigada pelo MPF, de forma que o MPMS arquivou o processo contra ela em 2020.
Envolvendo uma suposta operação de mineração de bitcoin, a Minerworld chegou a ser alvo de autoridades do Paraguai também, visto que a empresa alegava ter fazendas de mineração no país, que nunca foram encontradas.
Assim, quem investia na Minerworld acreditava investir na mineração de bitcoin e que os lucros fixos prometidos pela empresa vinham dessa atividade. Em dezembro de 2017 os atrasos de saques a clientes começaram, sendo quem em abril de 2018 o esquema colapsou de vez.
Uma vítima do golpe que afirmava investir em bitcoin, e que depositou um veículo novo no golpe, espera reaver seu prejuízo. Ele havia recém-comprado um Toyota Corolla 2015, avaliado em R$ 75 mil, quando acionou um dos captadores da Minerworld para comprar o suposto plano de investimento. Atualmente, o valor da causa está em R$ 125 mil.
“Assim, consumado o negócio jurídico celebrado entre Autor e o réu LUCIANO, inclusive com retorno financeiro em moeda corrente (Real) para o preposto da Minerworld, o autor aguardou os retornos dos investimentos que fez nos planos de venda de Bitcoins ofertados pelos réus. Contudo, não conseguiu efetuar quaisquer saques ou transferências dos Bitcoins em suas contas bancárias, bem como verificou que os rendimentos lançados na conta virtual da empresa Minerworld, oriundos da capitalização prometida pelos réus, foi cessado em janeiro de 2018. Assim considerando que o autor foi vítima de pirâmide financeira e estelionato cometido por LUCIANO, que vendeu-lhe planos de investimento em Bitcoins sabendo da insolvência da empresa Minerworld, e por isso, teve perda de seu patrimônio, propõe a presente ação para buscar a indenização competente pelos danos materiais e morais experimentados pela conduta dos réus“.
O caso parou em um edital de citação que diz que o líder da Minerworld está foragido e em local incerto, devendo aparecer para responder pelas acusações que pesam contra ele.
