Fechando o primeiro mês de 2022 com um resultado negativo, o Bitcoin parece estar em uma situação delicada com uma queda de 16,7% neste período. Entretanto, foram as criptomoedas alternativas que mais sofreram neste início de ano.
Entre os setores analisados pela ICO Analytics, nenhum setor ficou de fora deste banho de sangue. Além da péssima atuação do setor de jogos e metaverso, o estudo aponta que tokens DeFi e blockchains focadas em contratos inteligentes também tiveram quedas expressivas.
Junto a estas, também estão criptomoedas focadas em privacidade, bem como tokens de exchanges. Visto isso, podemos concluir que o Bitcoin continua regendo todo cripto-mercado.
Metaverso e jogos play-to-earn foram os mais afetados
Além de projetos como CryptoCars, CryptoPlanes e CryptoGuards que despencaram 99%, o relatório da ICO Analytics aponta que projetos maiores também sofreram em janeiro.
Como exemplo, o token AXS do jogo NFT mais popular do momento apresentou queda de 44%. Já os tokens GALA e SAND, focados no metaverso, tiveram queda de 56% e 30%, respetivamente.
O menos afetado foi o token do Decentraland, MANA, com queda de 13%, similar a do Bitcoin.
Matadores do Ethereum morreram (junto com ele)
Enfrentando taxas altas nas transações devido à demanda, o Ethereum foi ameaçado por vários “matadores” como Solana (SOL) e Cardano (ADA). Todavia o setor inteiro apresentou baixas, estas duas citadas acima caíram 41% e 20%, respectivamente.
Entretanto, o Ether também teve um desempenho ruim neste primeiro mês de 2022, acompanhado pela Polkadot (DOT), ambos com queda de 27%.
Privacidade em baixa, ao menos nas altcoins
Apesar da recente preocupação da comunidade com a privacidade, como reportado no caso de carteiras com KYC, as criptomoedas privadas foram uma decepção aos investidores.
Como destaque, as duas mais famosas, Monero (XMR) e Zcash (ZEC), apresentaram queda de 36% e 35%, respectivamente. A única positiva de janeiro foi a Secret (SCRT) com alta de 5%.
Mercado DeFinhando
O mercado de finanças descentralizadas (DeFi) foi outro afetado pela queda do Bitcoin. O SUSHI, token do SushiSwap, perdeu 55% de seu valor, por exemplo.
Outros grandes projetos como Compound (COMP), Aave (AAVE) e UniSwap tiveram desempenho similar, apresentando quedas de 39%, 38% e 31%, respectivamente.
Tokens centralizados
Por fim temos os tokens de exchanges, usados para obter descontos e vantagens nas plataformas. Embora tenham um uso real, a maioria deles ficou no vermelho, todavia, foi o setor que melhor segurou a queda.
Como destaque, o token FTT da exchange FTX apresentou ganhos de 14% em janeiro. Do outro lado, o BNB da Binance teve o pior desempenho, com -26%, talvez por também estar sendo usado como alternativa ao Ethereum.
Concluindo, mais uma vez o mercado é orquestrado pelo Bitcoin, ativo que segundo Fidelity deve ser separado das demais criptomoedas por ser único e não ter concorrentes. Contudo, tal queda pode ser uma boa oportunidade para acumular moedas de projetos que você acompanha e julga interessante.