Japão pode seguir El Salvador e EUA na adoção de Bitcoin como reserva soberana

A proposta surge em um momento de crescente aceitação global das criptomoedas e de recordes históricos no valor do Bitcoin, que ultrapassou a marca de US$ 100.000.

Mais um país se juntou a lista de nações que discutem a criação de reservas soberanas de Bitcoin.  Desta vez o Japão, com um parlamentar chamado “Satoshi Hamada” propondo que o governo do país explore a integração do Bitcoin (BTC) nas reservas japonesas.

A proposta surge em um momento de crescente aceitação global das criptomoedas e de recordes históricos no valor do Bitcoin, que ultrapassou a marca de US$ 100.000.

Hamada questionou diretamente os formuladores de políticas japoneses sobre a possibilidade de converter parte das reservas internacionais em Bitcoin.

Ele citou exemplos de debates semelhantes nos Estados Unidos e no Brasil, onde legisladores consideraram o Bitcoin uma proteção contra riscos econômicos.

“O Japão também deve introduzir um sistema para converter parte de suas reservas cambiais em Bitcoin?”, perguntou o parlamentar durante a sessão.

Bitcoin como reserva soberana no Japão

A proposta de Bitcoin como reserva no Japão ocorre em um contexto de desafios econômicos para o País. Recentemente, o Japão foi superado pela Alemanha, passando a ocupar a posição de quarta maior economia do mundo.

Adotar o Bitcoin como parte das reservas cambiais poderia, segundo Hamada, fortalecer a flexibilidade financeira do Japão e consolidar sua posição de liderança no mercado global de ativos digitais.

Além disso, a proposta reflete um movimento global em que várias economias exploram o potencial das criptomoedas. Nos EUA, discussões sobre reservas de Bitcoin ganharam força após mudanças políticas favoráveis à regulação do setor.

No Brasil, o deputado Eros Biondini propôs uma estratégia semelhante, enquanto na Rússia a possibilidade de adotar criptomoedas como reserva governamental já está em análise.

Outras potências globais estão explorando iniciativas semelhantes. Na Europa, a Polônia discute o uso de reservas de Bitcoin para fortalecer sua posição como um centro global de criptomoedas, enquanto El Salvador e o Butão já possuem Bitcoin.

  • El Salvador: Foi o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda de curso legal em 2021, incorporando a criptomoeda às suas reservas nacionais.
  • Butão: Acumulou mais de 13.000 bitcoins por meio de mineração sustentável com energia hidrelétrica, consolidando sua posição no mercado cripto.

Até o momento, o governo japonês não respondeu oficialmente à proposta de Hamada. No entanto, seu apelo coloca o Japão no centro das discussões sobre políticas econômicas modernas baseadas em bitcoin.

Com o preço do Bitcoin sendo negociado a US$ 101.322, de acordo com dados do Mercado Cripto, a pressão para considerar essa estratégia de reserva só deve aumentar, sinalizando uma possível mudança histórica na abordagem econômica do Japão.

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