Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, continua a atrair atenção e ganhando sentimento positivo de vários economistas: Porém, na medida que ganha visibilidade e aumento de valor, também atrai avaliações negativas de grande economistas, como Nourei Roubin e Michael Burry.
O mais recente economista de renome mundial que fez uma abordagem negativa sobre o Bitcoin é Jeffrey Sachs, conhecido por sua assessoria econômica para a América Latina, Europa Oriental e governos africanos.
Falando sobre a moeda digital em uma conferência da qual foi palestrante, Sachs afirmou que não é fã do Bitcoin, dizendo que a criptomoeda “não é uma reserva de valor” e “não é um meio de troca”. O economista também disse que o Bitcoin não oferece “valor social” para seus usuários.
Sachs não é um economista qualquer, ele é mundialmente conhecido por estratégias ousadas e eficazes para enfrentar desafios complexos, incluindo crises e hiperinflação. Ele é professor de economia e consultor da ONU, autor de best-sellers, conselheiro das Nações Unidas, e amplamente considerado um dos maiores especialistas mundiais em desenvolvimento econômico.
Bitcoin não tem valor
O economista fez duras críticas à moeda digital na conferência “All About People: Digital Transformation in Science, Education, and Art. Em resposta a uma pergunta sobre o Bitcoin, ele disparou: “Não sou fã do Bitcoin, ele não é uma reserva de valor, não é um meio de troca e não oferece nada de valor social”.
Ele disse ainda que vê a criptomoeda como um inimiga do meio ambiente e um “imposto oculto para todos, ricos e pobres”.
Os problemas do Bitcoin, disse, consistem em duas partes, um “menor” e um “maior”. “O menor pra mim já é ruim o suficiente”:
“A mineração de bitcoins é um desperdício de recursos inacreditável e um desperdício de energia altamente poluente, muitas emissões de dióxido de carbono resultantes de nada de valor social.”
O problema maior, segundo Sachs, é que a moeda “não tem valor”: “O Bitcoin atingiu US $ 1 trilhão em capitalização de mercado, quase como retorno de ‘falsificação’ (de dinheiro)”, diz Sachs. “De onde vem o valor? Veio de todos nós que temos euros e dólares e outros ativos financeiros. De alguma forma, porque alguém disse que algo que não tem valor tem valor.”
Mundo seria melhor se o Bitcoin não existisse
Sachs dedicou muito tempo para criticar o Bitcoin e afirmou que o mundo seria um lugar melhor se a moeda digital nunca tivesse sido criada.
“Gostaria que nossos bancos centrais tivessem dito desde o início: ‘Não, obrigado, você não pode imprimir dinheiro, você não pode emitir uma moeda.’”
Ao mesmo tempo, ele não é contra a noção de moedas digitais, mas é mais a favor da ideia de moedas fiduciárias serem digitalizadas.
Ele reforçou que em sua opinião o Bitcoin é uma “praga ambiental e financeira”, além de ter “valor inferior a zero”.
“Não vejo nenhuma vantagem técnica em comparação com um euro digital ou dólar digital. Sem mencionar que todo aquele CO2 extra que é lançado na atmosfera pela China e Irã conforme os mineradores colocam mais e mais poder de mineração nas moedas, agora vendidas por US $ 60.000, mas cujo “valor social é inferior a zero.”
Mineração é o mesmo que falsificação
Sachs também comparou a mineração de Bitcoin com a “falsificação” de dinheiro, dizendo que as pessoas não podem simplesmente criar dinheiro do nada.
“Se alguém estivesse apenas imprimindo euros, você se oporia. Você diria: ‘Isso é ilegal. Isso é falsificação.”
Curiosamente, esta é a segunda vez na semana que um economista de renome mundial compara a mineração de Bitcoin com a atividade de falsificação de dinheiro.
Conforme reportou o Livecoins, o presidente do segundo maior banco da Rússia também disse que a mineração é como se fosse uma atividade de falsificação.
Aparentemente esta vai ser a nova frase dos críticos.