O mercado de criptomoedas no Brasil se aquece na reta final de 2020. Isso porque o grande banco JPMorgan e a TecBan seguem de olho nas criptomoedas no país.
Conforme noticiado pelo Livecoins, a criptomoeda Zcash obteve aval do INPI para seu registro de marca no país. O pedido foi feito pela Zcash Foundation e foi aprovado, mostrando que o Brasil é rota de desenvolvedores desse mercado.
Agora, um dos maiores bancos dos EUA também segue a mesma rota e deve chegar ao Brasil com inovação. Vale o destaque que o JPMorgan tem desenvolvido sua própria criptomoeda há alguns meses.
Do outro lado, uma importante empresa relacionada com dinheiro físico, a TecBan, já começa a se movimentar para o digital.
JPMorgan pede ao INPI que seja feito o registro de sua carteira de criptomoedas no Brasil
A história do JPMorgan em relação ao mercado de criptomoedas é controversa. Com o seu CEO, Jamie Dimon, sendo um dos principais críticos do Bitcoin, o banco se afastava do setor.
Contudo, tudo mudou há alguns meses, e o JPMorgan começou a desenvolver sua própria criptomoeda. Com uma criptomoeda própria, o banco também cria a própria carteira para armazenar essas moedas.
Desse modo, o banco pediu ao INPI um registro da marca para a “J.P. MORGAN WALLET“. Conforme publicação do INPI, o banco pediu o registro no dia 4 de setembro, representado pelo Kasznar, Leonardos Advogados, do Rio de Janeiro.
O movimento mostra que o JPMorgan mira o mercado brasileiro para implementar sua criptomoeda. Em uma página no site do banco, criada em 2019, informações sobre a chamada JPM Coin são compartilhadas com o público.
O banco deixa claro que desenvolve a sua criptomoeda dentro da sua blockchain, a Quorum. Atualmente o JPMorgan tem uma divisão própria para lidar com sua criptomoeda, entre desenvolvimento e testes com parceiros e clientes.
Em 2020, o JPMorgan abriu a conta para duas corretoras de Bitcoin, pela primeira vez em sua história. O caso mostra que as críticas do CEO a tecnologia pode ser “águas passadas”.
Empresa brasileira de caixas eletrônicos também com interesse nas criptomoedas
Uma surpresa ainda parte do pedido de registro da TecBan junto ao INPI para as criptomoedas. Usando o procurador Tinoco Soares Sociedade de Advogados, de São Paulo, a empresa pediu no início de 2020 um registro de marca que só foi concedido agora.
Entre outros itens, o pedido da TecBan especificou em seu registro as “chaves criptográficas baixáveis para receber e gastar criptomoedas“. A TecBan é a empresa por trás do Banco24Horas, uma rede de caixas eletrônicos que tem parceria com vários bancos no Brasil.
Trabalhando mais com dinheiro em espécie, a empresa já busca uma aproximação às criptomoedas. Recentemente, o diretor da TecBan disse que o “Dinheiro físico converge com blockchain”.
Em 2020, grandes empresas registram no Brasil pedidos relacionados com as criptomoedas. Dentre os destaques que também já chegaram foi a corretora Binance, que na última semana passou a aceitar o Real em sua plataforma de negociações, noticiado em primeira mão pelo Livecoins.