A justiça dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (3), o confisco de R$ 4 milhões em criptomoedas, apreendidas em outubro de 2021 em uma operação.
Essas moedas estavam em posse de David Glenn, na cidade de Long Beach, no Estado da Califórnia, quando foram alvo de busca.
Vale o destaque que operações policiais contra suspeitos de crimes tem buscado realizar a apreensão de moeda fiduciária e criptomoedas em todo mundo. Uma sequência de capacitações ensinaram os agentes a identificar dispositivos de criptomoedas e apreender esses bens, que após procedimentos, tem revelado até as chaves privadas dos mesmos.
Justiça dos EUA segue com processo de confisco de R$ 4 milhões em criptomoedas
Nesta segunda, a justiça dos Estados Unidos divulgou o procedimento preparatório para um confisco milionário de criptomoedas. Segundo o documento disponível ao público, “os Estados Unidos entraram com uma reclamação verificada de confisco, de acordo com o 21 U.S.C. § 881, para a seguinte propriedade”.
A propriedade em questão é de 0,12 BTC, o equivalente a R$ 31.750,00 hoje, ou US$ 5.640,00. Outro valor apreendido pelas autoridades foi US$ 56.467,00, que dá um valor R$ 317.587,00.
Mas a maior apreensão feita pela justiça e que está prestes a ser confiscada é R$ 3,7 milhões em Monero (XMR), valor que dá cerca de US$ 670 mil. Somados os valores apreendidos, o valor dá mais de R$ 4 milhões em criptomoedas.
Antes de confiscar o valor, a justiça pede que possíveis donos ou pessoas que tenham relação com essa apreensão se apresentem perante a justiça para reclamar seu valor. Para isso, as pessoas devem depositar na justiça um pedido formal em até 60 dias, a contar da data de publicação, que foi 27 de dezembro de 2021.
Se a pessoa mentir para obter acesso ao valor, apresentando argumentos falsos, ela também poderá ser condenada pela justiça. Atualmente, a custódia dos valores está sendo feita pelo Departamento de Segurança Interna, Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras.
Situação cada vez mais comum
Após passado os dias, a justiça dos EUA terá um bom valor a sua disposição, podendo destinar esse para algum setor do estado local. De qualquer forma, essa caso expõe uma situação que tem se tornado cada vez mais comum pelo mundo.
No Brasil, inclusive, vários cursos de capacitação por agentes da lei foram feitos em 2021, em um movimento que mostra que o país segue a tendência global de combate a crimes que envolve o uso de criptomoedas como meio de pagamento.
Alguns desses cursos foram feitos até com ajuda de autoridades norte-americanas, em ações de cooperação internacional para compartilhar técnicas de apreensão de criptomoedas.
Valores em corretoras são os mais fáceis de serem confiscados, com uma recente operação em Israel congelando milhões do grupo Hamas e até colocando a plataforma como parte do grupo palestino.