O governo americano prendeu Frank Richard Ahlgren III no ano passado, acusando-o de apresentar declarações falsas de imposto de renda. Já em dezembro, o investidor foi condenado a dois anos de prisão por seus atos.
Em atualização do caso, a Justiça dos EUA ordenou que Ahlgren conceda acesso à sua carteira de Bitcoin, que conta com uma quantia de R$ 800 milhões.
Segundo as informações do processo, o acusado detém cerca de 1.366 bitcoins comprados em 2015 ao custo médio de US$ 500 por unidade. No total, seus lucros chegam a exorbitantes 19.000%.
Frank Richard Ahlgren III é a primeira pessoa da história a ser presa dos EUA por não pagar seus impostos relacionados à venda de criptomoedas. No processo, o americano concordou em pagar uma multa de US$ 1 milhão.
Dando sequência, os promotores solicitaram que o juiz confiscasse os bitcoins de Ahlgren, alegando que eles não podem ser apreendidos por meios físicos, como outros bens.
“Obter as chaves privadas que permitam o acesso, para que [os bitcoins] não possam ser movidos por outros. Caso as chaves privadas sejam perdidas ou destruídas, a moeda virtual é irrecuperável.”
Indo além, o juiz ordenou que o acusado também deve identificar outros dispositivos usados para armazenas seus bitcoins, bem como contas em corretoras e outros serviços.
Conforme Ahlgren, ou alguém de sua confiança, ainda pode mover esses bitcoins mesmo fornecendo o acesso à sua carteira, é esperado que o governo americano mova essas moedas para um novo endereço onde apenas eles possuam acesso aos fundos.
Segundo informações da Arkham Intelligence, as carteiras de criptomoedas do governo americano estão avaliadas em R$ 118 bilhões. Deste valor, R$ 116 bilhões estão em Bitcoin.
Cerca de 94 mil bitcoins estão ligados a prisão dos hackers da Bitfinex, que devem ser devolvidos aos verdadeiros donos.
Indo além, também existem 69 mil bitcoins ligados à Silk Road e outros 51 mil bitcoins ligados ao hack da Silk Road, tais quantias podem ser leiloadas ou então usadas como o início de uma reserva de bitcoin do governo.
Sobre o caso de Ahlgren, a intenção do governo americano não é clara. De qualquer forma, ele não é o único com esses problemas. Roger Ver, também conhecido como o Jesus do Bitcoin, enfrenta acusações semelhantes, mas está com uma vantagem por estar vivendo fora dos EUA.
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