Uma corretora foi hackeada no Japão nas últimas horas, com quatro criptomoedas sendo alvo da ação dos bandidos que drenaram milhões das carteiras da empresa.
O alvo da vez foi a Liquid, que teve um acesso em seu sistema por um agente mal-intencionado, causando um prejuízo milionário. Após o incidente, a corretora afirmou que está tomando todas as medidas necessárias para mitigar novos ataques.
Uma das criptomoedas afetadas pelo ataque foi o Bitcoin, que viu 107 BTCs sendo levados pelos hackers. A corretora está monitorando essas moedas na blockchain, que tem o valor de R$ 2,57 milhões hoje. Contudo, o endereço associado ao ataque ainda está com as moedas paradas, o que indica que o hacker ainda não decidiu o que fazer com os ativos.
Corretora é hackeada e vê milhões serem levados em quatro criptomoedas
Pelas suas redes sociais, a corretora Liquid anunciou nesta quinta-feira (19) que foi alvo de um ataque hacker, que levou quatro criptomoedas de suas “hot wallets”.
“Lamentamos anunciar que LiquidGlobal carteiras quentes foram comprometidas, estamos transferindo ativos para a carteira fria. No momento, estamos investigando e forneceremos atualizações regulares. Enquanto isso, os depósitos e retiradas serão suspensos.”
Além de 100 Bitcoins, os hackers levaram mais US$ 60 milhões em Ethereum e tokens dessa rede. Segundo análise, os bandidos já estavam negociando essas moedas na Uniswap para ocultar o rastro do ataque.
Outra criptomoeda que foi alvo da ação foi a Ripple (XRP), que teve mais 11 milhões de tokens roubados. Segundo o endereço recebido pelos hackers, após receber as moedas em quatro transações que tomaram apenas três minutos, foram feitas transferências para outros endereços imediatamente após isso.
A quarta criptomoeda afetada na Liquid foi a Tron (TRX), que os hackers também levaram 10 milhões de tokens do ativo digital.
Após a falha de segurança, a Liquid conversou com outras corretoras para bloquear os endereços associados ao ataque, impedindo os hackers de venderem as moedas.
As moedas que restaram nos endereços já foram movidas para carteiras frias, que normalmente não tem acesso à internet, para impedir novos roubos.
“No momento, estamos rastreando a movimentação dos ativos e trabalhando com outras bolsas para congelar e recuperar fundos.”
Para evitar mais problemas, os saques e depósitos na corretora foram suspensos, em todos os pares de negociação.
O caso lembra que deixar dinheiro em corretoras é uma prática perigosa, visto que ataques assim podem levar essas empresas a ter enormes prejuízos e até a falência. Não está claro ainda se a Liquid tem seguro de suas operações ou até uma reserva para fundos de emergência, visto que no Japão onde é a sede da corretora, o mercado é mais exigente.