O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, passará a oferecer a custódia de criptomoedas a seus clientes institucionais. A iniciativa acontece após uma parceria com a Taurus, uma empresa da Suíça voltada ao setor de ativos digitais.
Segundo os dados mais recentes, o banco alemão possui 1,34 trilhão de euros (R$ 6,95 trilhão) em ativos sob gestão. Portanto, sua entrada nas criptomoedas pode ser um grande impulso para essa nova economia.
O interesse do Deutsche Bank é antigo. Ainda em 2021, o banco afirmou que o “Bitcoin é importante de mais para ser ignorado”, destacando que a Geração Y, nascidos entre 1980 e 1994, possui uma grande esperança de que as criptomoedas sejam o futuro.
Deutsche Bank passará a oferecer custódia de criptomoedas
Enquanto os olhos dos investidores estão voltados para os EUA, onde se espera a aprovação de um ETF à vista de Bitcoin, o anúncio da Deutsche Bank mostra que a Alemanha também está interessada em criptomoedas.
Em conversa com a Reuters, Paul Maley, chefe global de serviços de valores mobiliários do Deutsche Bank, reiterou o potencial do setor de criptomoedas, notando a grande oportunidade que ele oferece a instituições tradicionais.
“Como se espera que o espaço de ativos digitais abranja trilhões de dólares em ativos, ele será visto como uma das prioridades tanto para investidores quanto para empresas.”
“Nosso foco não está apenas em criptomoedas, mas em apoiar nossos clientes no ecossistema geral de ativos digitais”, continuou Maley. “Nosso design de produto e a natureza da custódia para os clientes garantirão que não haja risco de contaminação das demais atividades do banco.”
No momento dessa redação, o valor de mercado de todas as criptomoedas está em US$ 1,05 trilhão. Deste número, 48,3% estão ligados ao Bitcoin e outros 18,8% estão ligados ao Ethereum.
Por fim, o executivo do Deutsche Bank também destaca que o banco está atuando em linha com reguladores locais. De qualquer forma, o interesse de grandes instituições tradicionais ajuda a legitimar essa indústria, até então dominada por entusiastas.
Bitcoin ensaia alta em seu pior mês da história
Apesar de setembro ser um péssimo mês para o Bitcoin, tendo registrado prejuízos nos 8 meses de setembro dos últimos 10 anos, touros seguem lutando para que essa estatística melhore. Restando duas semanas para o fim do mês, o Bitcoin registra alta de 3% no período após um rali de 3 dias.
Ainda que a entrada do Deutsche Bank não possa ser atribuída a essa alta, a notícia pode ter um impacto positivo no longo prazo, já que pode atrair a atenção de investidores institucionais.
De qualquer forma, a reunião do Fed, marcada para a próxima quarta-feira (20), promete agitar o mercado novamente. Embora tudo indique que a decisão do Banco Central americano já esteja precificada, tais reuniões são conhecidas por mexer nos mercados, causando volatilidade.