Maior trapalhada da história do bitcoin chega ao fim e empresa recebe valores de volta

Paxos, que ajuda o Nubank, Mercado Livre e PicPay a trabalhar com criptomoedas havia perdido valor ao enviar uma transação errada pela rede.

Uma transação de bitcoin que vai ficar para a história como a mais alta taxa de rede já paga em uma simples transação acabou tendo um final feliz para os responsáveis pela trapalhada.

Isso porque, os quase 20 bitcoins de taxa de rede pagos para aprovar uma transação de menos de R$ 10 mil reais já voltaram para os cofres da Paxos.

De fato, a empresa confessou que havia perdido o valor em uma transação confusa, difundida pela rede bitcoin para se tornar alvo de grandes discussões.

Os impactos da transação errada já alcançaram vários níveis entre a comunidade de bitcoin, visto que uma empresa que trabalha há anos com bitcoin enviou uma super transação errada. Ou seja, o meio de se enviar bitcoin ainda pode estar “difícil” para adoção em massa da moeda digital.

De qualquer forma, o caso também serve de exemplo para que todos que desejam enviar uma transação pela rede confiram corretamente suas transferências, antes mesmo de enviá-las. Como as transações de bitcoin não têm a opção de estorno, coube ao minerador que recebeu a fortuna devolver em outra transação o valor para a empresa.

Com isso, a primeira operação atrapalhada fará parte para sempre da história do bitcoin, um ícone de como não enviar valores pela rede da maior moeda digital descentralizada.

Maior trapalhada da história do Bitcoin chega a um final feliz

Com uma comunidade baseada nos fundamentos do consenso e da honestidade e transparência da rede, mais uma vez os fãs do bitcoin mostraram sua responsabilidade em criar um ambiente seguro para transferências globais.

Isso porque, a mineradora de bitcoin F2Pool, responsável por encontrar um bloco com 20 Bitcoins em taxas nos últimos dias, devolveu todo o valor para a Paxos.

“F2Pool enviou o pagamento a maior da taxa BTC de 19.82108632 de volta para Paxos.”

Como apurado pelo Livecoins, a transação ocorreu no último domingo (10), quando alguém pagou milhões para movimentar apenas R$ 9 mil em bitcoin.

Entenda o caso

Após a transação ser propagada pela rede bitcoin e contar com mais de 100 confirmações, se tornou impossível reaver o valor. Isso porque, uma vez confirmada na rede, uma transação de bitcoin se torna eterna, sem possíbilidade de estorno.

O mecanismo implementado por Satoshi Nakamoto não é uma falha, pelo contrário, é uma proteção contra golpes como os que ocorrem no sistema bancário tradicional.

Na última quarta-feira (13), a Paxos assumiu o erro e entrou em contato com o minerador para pedir o valor de volta. Ao verificar que a Paxos foi a verdadeira entidade responsável pelo envio da transação, o minerador concordou em devolver o valor nesta sexta-feira (15).

Por fim, o caso ensina valiosas lições de que o bitcoin pode ainda apresentar algumas dificuldades no envio de transações, como os cálculos adequados de taxas, por exemplo. Contudo, também ensina que valores não devem ser enviados antes de uma correta inspeção, nem mesmo por grandes empresas.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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