Um estudo publicado pela Triple-A revela que mais de 560 milhões de pessoas já investem em criptomoedas. Outro dado curioso é que, pela primeira vez na história, o número de investidores de criptomoedas ultrapassa o número de contas do PayPal.
O Brasil aparece como um destaque do estudo. Isso porque 12 milhões de pessoas começaram a investir no setor no último ano, elevando o número total para quase 38 milhões. No ranking de adoção, o Brasil aparece na 7ª posição conforme 17,4% da população brasileira investe em criptomoedas.
Em termos percentuais, apenas Emirados Árabes Unidos (25,3%), Singapura (24,4%), Turquia (19,3%), Argentina (18,9%), Tailândia (17,6%) e Vietnã (17,4%) aparecem na sua frente. Logo após estão os EUA (15,5%), Arábia Saudita (15%) e Malásia (14,3%), todos acima da média mundial de 6,9%.
Os motivos para essa adoção varia de país para país. Enquanto os Emirados possuem muitos estrangeiros, incluindo empresas, Singapura é conhecida por seu foco em tecnologia.
Já Argentina e Turquia são atualmente dois dos países mais afetados pela inflação. Ou seja, enquanto alguns olham para as criptomoedas como investimento, outros as usam para proteger seu capital.
Há mais investidores de criptomoedas que contas do PayPal no mundo
Segundo os dados da Triple-A, 61% dos 560 milhões de investidores de criptomoedas são homens, mas a diferença está diminuindo. Isso porque a porcentagem estava em 63% no estudo do ano passado.
Já a idade dos investidores permanece a mesma, 72% deles tem menos de 34 anos. Isso mostra que a digitalização do dinheiro é popular entre os mais jovens. Outro dado aponta que 71% possuem ensino universitário.
O que mais chama atenção, no entanto, é que o número de investidores ultrapassou o número de contas do PayPal. Enquanto a gigante americana teve um crescimento pequeno nos últimos anos, as criptomoedas tiveram uma adoção acelerada, saindo de 18 milhões para 562 milhões entre 2018 e 2024.
Na sua frente estão apenas Visa e Mastercard, duas gigantes de cartões de débito e crédito. De qualquer forma, essas empresas estão cientes do crescimento das criptomoedas e já estão se adequando à nova tendência.
Enquanto o PayPal lançou sua própria stablecoin, a Visa lançou um recurso que converte Bitcoin em reais sem precisar de corretoras. Mais recentemente, no mês passado, a Mastercard lançou um serviço focado em endereços personalizados para receber criptomoedas.
Por fim, a Triple-A destaca que o crescimento dessa adoção está ligado às mudanças regulatórias, como a aprovação dos ETFs nos EUA, mas também de eventos como o halving do Bitcoin, que chamaram a atenção de novos investidores.