Mais uma corretora global de criptomoedas anunciou travamento de saques para seus clientes. O que chama atenção no novo caso é que a operação tinha autorização para funcionar no Japão.
O anúncio foi feito aos clientes da plataforma nesta terça-feira (15), sendo mais uma plataforma afetada pelo colapso da FTX.
Ainda não está claro quantas empresas poderão entrar no “buraco negro” criado pela FTX. Com seu pedido falência, é possível que mais de 200 empresas de criptomoedas também deixem de funcionar.
A FTX acabou e os clientes estão cada vez mais se conformando com a situação caótica. Criada por Sam Bankman-Fried, a corretora foi uma das maiores em volume global nos últimos meses.
Com seu rápido crescimento, muitas empresas receberam aportes da FTX. Mas sua insolvência atual se estende a outras plataformas, ovelhas perdidas sem seu pastor.
A nova a declarar falência é a Liquid Global, uma plataforma que anunciou por meio de seu Twitter nesta terça que os saques estão pausados.
“Devido ao arquivamento do Capítulo 11 pela FTX Trading International, o beneficiário final da Quoine Pte. Ltd, Liquid Exchage (Quoine Pte.) está interrompendo todos os saques – em moeda fiduciária e criptomoedas. Mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis.”
Em nota, a plataforma alertou aos clientes que não suspendeu suas operações por conta de ataques hackers. Ou seja, o seu fim está ligado ao colapso da FTX, sua principal investidora.
No último sábado (12), a Liquid Global suspendeu os saques para clientes por algumas horas. Naquele dia, a FTX foi supostamente hackeada e o caso afetou plataformas parceiras.
Após uma investigação, a Liquid retornou os saques e declarou que não havia perdido fundos.
No entanto, fica claro que a situação voltou a piorar nesta terça, quando clientes tiveram os saques travados, sem um prazo definido para serem liberados novamente.
Após o anúncio da Liquid, a corretora se tornou alvo de piadas de clientes, que dizem que seu nome agora é “Iliquid“, ou ilíquida.
Os constantes travamentos de saques por plataformas nos últimos meses criaram pânico entre investidores do mercado. Isso porque, sem suporte e com demissões em massa, plataformas somem com as moedas dos clientes, que ficam sem respostas.
Por fim, desconfianças com plataformas levam clientes a sacarem suas criptomoedas das corretoras para carteiras seguras, sob a custódia dos próprios investidores.
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