Mansão de envolvido com pirâmide financeira é incendiada

Uma casa avaliada em R$ 3 milhões localizada em uma fazenda de Taquara, no Vale do Paranhana foi incendiada na madrugada desta segunda-feira (27). A mansão de alto valor estava interditada por causa de um processo movido contra investigados de aplicar um golpe milionário de pirâmide financeira conhecida como Mind7se.

De acordo com informações do Correio do Povo a possibilidade de incêndio criminoso não deve ser descartada pela polícia.

A casa já tinha sido alvo de saques em junho deste ano, provavelmente por clientes indignados com o golpe que sofreram. A propriedade era apenas parte do patrimônio que, entre carros de luxo e imóveis, é avaliado em mais de R$ 10 milhões.

O motivo do incêndio agora está sendo apurado pela Polícia Civil de Taquara, que também trabalha com a hipótese de incêndio acidental.

Fim do incendio na residência de R$ 25 milhões – Foto: 2º BBM / Divulgação / CP

Segundo a delegada Rosane de Oliveira, que investiga o caso, o incêndio começou por volta das 6h da manhã de segunda-feira.

A mansão contava com uma estrutura impressionante, desde piscina com borda infinita até um “bunker” com entrada secreta e três andares abaixo do solo. O fogo causou bastante estrago na área de festas da residência, além de ter destruído completamente um deck de madeira.

Esquema de R$ 25 milhões envolvia a compra imóveis

O esquema tinha vários elementos de um esquema ponzi, principalmente as promessas de lucro muito acima do normal no mercado. Ao todo foram mais de 100 clientes que acreditaram nas promessas absurdas e ao todo o golpe causou uma perda de R$ 25 milhões.

O esquema ponzi operava na região do Vale do Paranhana e envolvia a compra de imóveis. Segundo líderes do negócio, eles possuem informações privilegiadas de quais imóveis seriam comprados por grandes empresas, assim eles poderiam comprar por um valor mais baixo e vender mais alto no futuro.

O lucro futuro era dividido entre os clientes que faziam parte do investimento. O golpe chegou a um ponto em que atores foram contratados para fingirem ser funcionários de uma corretora que teria acesso a essas informações privilegiadas.

Todo o esquema foi deflagrado durante a Operação Faraó da polícia civil e mais de 12 envolvidos estão sendo investigados por envolvimento no golpe.

A polícia também investiga o destino do dinheiro arrecadado com o esquema de ponzi. Parte dele foi lavado em carros de luxo e imóveis, mas uma parte também foi usada para investimentos em criptomoedas.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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