Corpo de John McAfee segue em necrotério da Espanha, um ano e meio após sua morte

Encontrado morto em junho de 2021, o corpo de John McAfee continua em um necrotério da Espanha, país onde estava preso por pedido dos EUA sob acusações de sonegação de impostos após ganhos com criptomoedas.

Para começar, sua morte levantou diversas suspeitas. Afinal, o próprio McAfee tatuou seu braço nos anos anteriores, alertando que seria “suicidado” pelo governo americano.

“Estou recebendo mensagens sutis de autoridades americanas dizendo: “Estamos indo atrás de você, McAfee! Vamos te suicidar”. Fiz uma tatuagem hoje, por prevenção. Se eu me suicidar, não o fiz. Eu estava maluco. Verifique meu braço direito.”

Portanto, além de ter vivido uma vida polêmica, indo da criação de um dos mais famosos antivírus até acusações de ter assassinado seu vizinho em Belize, a morte de McAfee é outro grande capítulo em sua história.

Após um ano e meio, corpo de John McAfee continua em necrotério espanhol

Conforme relatado pelo Livecoins em fevereiro de 2022, o corpo de John McAfee continuava preso em um necrotério da Espanha, sete meses após sua morte. Segundo um advogado da família, a lentidão para liberação do corpo estaria ligada ao crescente número de mortes por Covid-19 na data.

Outra hipótese levantada na época estaria relacionada a própria justiça da Espanha, que estaria interessada em realizar uma perícia mais detalhada para avaliar a causa da morte do magnata.

Desde então, um ano se passou. No total, o corpo de John McAfee está neste necrotério espanhol há 19 meses, ou seja, mais de um ano e meio.

Em conversa com o jornal El País, publicada no início deste mês, Janice McAfee forneceu mais detalhes sobre a situação. Segundo a ex-esposa de John, ela não sairá de lá sem ele.

“Estou bem, considerando [tudo]. Eu estou cansada”, contou Janice McAfee, que está na Espanha desde a morte de John. “Estou pronta para que isso acabe e tenha uma resposta dos tribunais. Houve um recurso interposto nos tribunais de Barcelona depois que eles tentaram encerrar a investigação sem divulgar o relatório da autópsia de John. Está dentro dos meus direitos saber exatamente o que aconteceu.”

Questionada sobre a demora da autópsia e se ela realmente acredita que John se suicidou, Janice afirma que é justamente por isso que deseja receber o resultado da análise e que teria tomado decisões diferentes se soubesse do tempo de espera.

“Entendo [que a autópsia diz que ele se suicidou]. E é por isso que estou pedindo o laudo da autópsia, para que eu também saiba [para serem feitos mais exames forenses]. Se eu conseguir essa informação, não haverá necessidade de uma segunda autópsia.”

Finalizando, Janice também respondeu a uma pergunta sobre as finanças de John McAfee, afirmando ter “certeza que ele tinha criptomoedas”, mas sem nenhuma ideia de quanto ou onde estariam armazenadas. “Mas suas finanças eram apenas isso, suas finanças”, explicou.

“Obviamente, seu estágio posterior na vida começou a ofuscá-lo. As pessoas esquecem o quão brilhante ele era e o quão genial ele era e como ele foi capaz de se reinventar uma e outra vez”, finalizou Janice. “A história será gentil com ele. Ele era uma figura muito polarizadora, você o odiava ou o amava.”

Outra namorada de McAfee acredita que ele está vivo

Enquanto Janice McAfee segue na Espanha aguardando pela liberação do corpo de John McAfee após mais de um ano e meio, outra namorada de John acredita que o magnata forjou sua própria morte.

Em filme documentário sobre a vida de McAfee, Sam Herrara afirma ter recebido uma ligação de seu ex-namorado após sua morte, acreditando que o mesmo está vivo.

“Não se se eu devia falar. Mas, há duas semanas, depois da morte dele, recebi uma ligação do Texas. “Sou eu, John. Paguei as pessoas para fingirem que morri, mas não morri. Há somente três pessoas no mundo que sabem que estou vivo.” E aí me pediu para fugir com ele”, comentou Sam Herrara no documentário.

Como pode ser notado, a morte de John McAfee segue tão polêmica quanto sua própria vida, cercada por todos os tipos de teorias.

Mortes de magnatas da criptomoedas chama atenção da comunidade

Além de John McAfee em 2021, outras mortes de bilionários da indústria chamaram a atenção da comunidade nos últimos meses. Em suma, nem todos acreditam que as causas das mortes foram naturais.

O primeiro exemplo é Tiantian Kullander, fundador da Amber Group. Em novembro do ano passado, Kullander morreu enquanto dormia. O empreendedor do ramo de criptomoedas tinha apenas 30 anos e, segundo a comunidade, estava preocupado com a agência de inteligência do governo americano, a CIA.

Dias antes, também em novembro de 2022, Nicolai Arcadie Muchgian foi encontrado morto em uma praia de Porto Rico. Além de ter acusado a CIA de tráfico sexual, o co-fundador da MakerDAO, havia dito que seria “suicidado pela CIA”, uma mensagem bem parecida com a de John McAfee.

Já o terceiro caso, também em novembro de 2022, é a morte de Vyacheslav Taran. Com 53 anos, 25 deles no mercado financeiro, Taran sofreu um acidente de helicóptero em um dia ensolarado. Segundo fontes, um segundo passeiro teria cancelado seu embarque no último minuto, aumentando teorias de sabotagem.

Por fim, os casos seguem. Por exemplo, a morte de Gerald Cotten, dono da corretora QuadrigaCX foi transformada em filme da Netflix conforme seus ex-clientes acreditam que o empresário esteja vivo e sua morte foi mera encenação.

Mais recentemente, Park Mo, maior acionista da corretora Bithumb, também foi encontrado morto em frente à sua casa. As suspeitas da polícia apontam que o executivo tenha cometido suicídio.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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