Os clientes do Mercado Livre já possuem R$ 80 milhões em bitcoin e outras criptomoedas custodiados pela gigante de e-commerce, revelou a empresa em um comunicado para a CVM dos EUA, a SEC.
No dia 2 de dezembro, o Mercado Livre completará um ano desde que liberou a compra de bitcoin para seus clientes.
Desde que as atividades se iniciaram, a empresa já evoluiu seu entendimento sobre a tecnologia em parceria com a empresa Paxos.
Mercado Livre faz custódia de 80 milhões de reais em bitcoin e criptomoedas de clientes
No dia 3 de novembro de 2022, o MercadoLibre, Inc. (Nasdaq: MELI), liberou um comunicado aos seus investidores. No material, a empresa divulgou os dados referentes a operação no terceiro trimestre do ano.
Com presença em 18 países, o Mercado Livre passou a permitir a compra de bitcoin apenas no Brasil em fase inicial. Nos últimos dias, o México também recebeu essa opção, sendo o segundo país onde a empresa opera a ter disponível a opção.
A intermediação da compra e venda de bitcoin é realizada pelo Mercado Pago. Contudo, a custódia é feita pela Paxos.
Após pedidos de esclarecimentos feitos pelo Livecoins, o RI do MELI respondeu que “as linhas “Customer crypto-assets safeguarding assets”, e “Customer crypto-assets safeguarding liabilities”, presentes no balanço do Mercado Livre no terceiro trimestre, refletem o valor de mercado das criptomoedas adquiridas pelos usuários do Mercado Pago, usando o recurso de compra, retenção e venda destes ativos, disponibilizado dentro do aplicativo“.
“os USD 15 milhões reportados correspondem às posições dos usuários em bitcoin, ethereum e outras moedas no fechamento do período. Ao reportar este dado, a companhia está seguindo uma determinação da SEC (Securities & Exchange Commission), de março de 2022.”
Na conversão para Real (BRL), o valor indica que R$ 80 milhões em criptomoedas são possuídos por clientes do Mercado Livre, até o mês de setembro de 2022, em menos de um ano de operação. Caso queiram sacar, os investidores devem converter o valor para moeda fiduciária, visto que ainda não é permitido o saque de criptomoedas da plataforma.
CVM dos EUA exige que custódia de criptomoedas seja identificada publicamente por empresas de capital aberto
Em nota ao Livecoins, o Mercado Livre ainda informou que empresas de capital aberto que realizam intermediações de criptomoedas devem informar valores em seus balanços, mesmo não sendo custodiante de fato das moedas.
“Segundo o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, as plataformas que possibilitem transações de criptoativos, façam custódia ou atuem como canal para essas transações, devem ter essas operações refletidas em seu balanço. Vale ressaltar que o Mercado Livre e o Mercado Pago atuam exclusivamente no desenho da experiência e como canal para as transações, contando com um parceiro para a custódia das criptomoedas.”
Recentemente, a empresa declarou já possuir mais de 2 milhões de clientes em sua base de criptomoedas.