Sede da empresa, em Curitiba. Foto: Divulgação.
Apesar das dívidas, o Grupo Bitcoin Banco foi convidado para participar da nova audiência pública que discute a regulação das criptomoedas no Brasil. O encontro ocorre na próxima quarta-feira (4), na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Além do grupo, outras empresas e especialistas também foram chamados para o encontro, convocado pela comissão especial que debate o Projeto de Lei 2303/2015, que “dispõe sobre a inclusão das moedas virtuais e programas de milhagem aéreas na definição de ‘arranjos de pagamento’ sob a supervisão do Banco Central”
Ministéro da Justiça, Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e gigantes da tecnologia, como Amazon, Facebook e Google, são alguns dos participantes (veja lista completa no final da reportagem).
O que chama atenção no convite feito ao Grupo Bitcoin Banco é que a empresa, com sede em Curitiba, responde a centenas de processos judiciais e deve R$ 616 milhões a pouco mais de seis mil investidores, conforme lista vazada.
Além disso, o grupo entrou com um pedido de recuperação judicial no mês passado, que já foi aceito pela Justiça do Paraná. O processo de recuperação deixará os investidores – que não conseguem sacar desde maio – sem receber por pelo menos mais seis meses.
No último final de semana, para piorar a situação, um investidor desesperado resolveu agir com as próprias mãos e sequestrou a mãe de Claudio Oliveira, dono da empresa.
O Grupo Bitcoin Banco, por meio de sua assessoria de imprensa, não confirmou se algum representante vai à reunião sobre a regulação das criptomoedas.
Vale lembrar que a empresa foi convidada a participar de audiências anteriores, mas não enviou nenhum funcionário ou advogado.
Em um encontro em setembro, o deputado Expedito Netto (PSD-RO) – relator da comissão especial – classificou o Bitcoin Banco como “tudo que a gente tem de ruim que está acontecendo no mercado de moedas digitais no Brasil hoje”.
A audiência pública pode ser acompanhada ao vivo no site da Câmara dos Deputados, a partir das 14h30.
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