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Empresa por trás da MetaMask é acusada de irregularidade financeira

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Um grupo de 35 ex-funcionários da ConsenSys AG (CAG) está querendo investigar irregularidades financeiras relacionadas a venda da ConsenSys Software (CSI), uma nova entidade que, segundo o grupo, teve propriedades transferidas ilegalmente para ela, antes da venda.

As denúncias, encontradas no PR Newswire, apontam que o principal beneficiado foi Joseph Lubin, co-fundador do Ethereum e da ConsenSys, e também cita grandes nomes nesta venda, incluindo o banco JP Morgan.

Além destas denúncias, nesta semana tanto a MetaMask quanto a Infura, dois serviços da ConsenSys, também foram alvos de críticas de seus usuários. Afinal a empresa bloqueou acesso a venezuelanos justificando apenas estar seguindo as leis.

ConsenSys AG (CAG) e ConsenSys Software Incorporated (CSI)

Segundo material encontrado no PR Newswire, um grupo de 35 pessoas, representando mais de 50% das participações da ConsenSys AG (CAG), apresentou um pedido de auditoria para investigar “irregularidades graves”.

Dentre os pontos abordados publicamente está a transferência tanto de propriedade intelectual quanto de subsidiárias da CAG para a ConsenSys Software Incorporated (CSI) em troca de 10% desta nova empresa. Indo além, o texto aponta que o JP Morgan passou a ter grandes participações tanto na MetaMask quanto na Infura, dois principais serviços da empresa.

A alegação de irregularidade, conduzida pelo grupo, refere-se as participações de Joseph Lubin em ambas empresas. Segundo a nota, a transferência das propriedades entre as empresas seria ilegal, pois elas são representadas pela mesma pessoa. Tal evento é chamado “dupla representação” no campo jurídico.

“Joseph Lubin é o acionista majoritário de ambas as empresas. A transação foi em detrimento dos acionistas minoritários da CAG e em benefício pessoal de Joseph Lubin.”

Indo além, o texto aponta que os acionistas minoritários não tinham conhecimento de tais transferências. Bem como aponta a redução no número de funcionários da CAG, de 1.200 em 2017 para apenas 90 no final de 2021.

“Lutaremos para que a propriedade intelectual e as subsidiárias sejam devolvidas ao CAG e nos esforçaremos para buscar justiça através do sistema judiciário suíço. Não estamos interessados ​​em nos contentar com menos e estamos prontos para as próximas batalhas judiciais.”, termina o texto encontrado no PR Newswire.

Resposta da empresa

Também conhecida como ConsenSys Mesh, um porta-voz da empresa afirmou que as acusações e alegações são imprecisas e serão formalmente refutadas nos tribunais. A declaração pode ser encontrada na Bloomberg.

“A Mesh refuta as alegações subjacentes à ação legal, bem como as contidas no comunicado de imprensa factualmente impreciso que foi de autoria de um dos ex-funcionários. A Mesh espera refutar formalmente as alegações e acusações nos tribunais suíços.”, aponta um porta-voz da empresa.

Por fim, além de fornecerem serviços amplamente utilizados tanto por empresas quanto indivíduos, esta briga também é notável pelos investidores envolvidos. Além do JP Morgan, a empresa também obteve investimento do HSBC e outras grandes entidades.

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Autor:
Henrique HK