O homem que previu a crise financeira do Subprime de 2008, Michael Burry diz que não gosta nada de ver os atuais problemas do mundo. Segundo ele, essa situação é ruim e muitas pessoas sofrem, sendo ele um dos que podem estar sentindo efeitos indesejados.
Famoso no mercado financeiro, Michael Burry ficou conhecido mais por seu papel no filme A Grande Aposta, em que ele foi interpretado por Christian Bale. Tanto na obra quanto na realidade, Burry conseguiu identificar anomalias no mercado financeiro e apostou contra o mercado imobiliário.
Quando a crise estourou, ele ganhou muito dinheiro, assim como os acionistas que seguiram sua visão na ocasião. Atualmente ele é o responsável pelas análises da empresa privada Scion Asset Management.
Michael Burry diz que crise financeira atual pode ser como assistir à queda de um avião
Ver uma crise financeira nunca é uma cena bela para ninguém, disse nos últimos dias Michael Burry. O lendário investidor então deixa claro que está atento ao mercado financeiro, que não atravessa um bom momento em 2022.
Nos últimos dois anos, muito dinheiro foi criado por bancos centrais em todo o mundo. Assim, a crise deu uma trégua, embora tenha voltado a assombrar novamente.
Dessa forma, o lendário investidor disse que não está sorrindo, visto que essa é uma cena equivalente à queda de um avião.
“Como eu disse sobre 2008, é como assistir a um acidente de avião. Dói, não é divertido, e eu não estou sorrindo.”
Apesar de ver a crise mundial e seus efeitos, Michael Burry não gosta das criptomoedas já criticou o bitcoin como forma de reserva de valor em inúmeras ocasiões.
Com crise, pessoas diminuíram poupança e aumentaram dívidas em cartão de crédito
Na última sexta-feira (27), Michael Burry lembrou que os trilhões de dólares impressos pelo banco central dos Estados Unidos, o FED, de nada adiantou. Isso porque, a poupança pessoal da população local já cai para níveis de 2013.
Além disso, ele declarou que a dívida rotativa do cartão de crédito cresceu em um ritmo recorde, atingindo novamente o pico pré-covid. Dessa forma, o homem que previu a crise de 2008 afirma que uma nova recessão é iminente.
“A Poupança Pessoal dos EUA caiu para os níveis de 2013, a taxa de poupança para os níveis de 2008 – enquanto a dívida rotativa do cartão de crédito cresceu em um ritmo recorde de volta ao pico pré-COVID, apesar de todos esses trilhões de dólares em dinheiro terem caído em suas voltas. Aproximando-se: uma recessão do consumidor e mais problemas de ganhos.”