A empresa mineradora de Bitcoin Bitfarms Ltd (NASDAQ: BITF) anunciou que está instalando 55 mil máquinas de mineração na Argentina para expandir suas operações.
Após a China banir a mineração de Bitcoin em maio de 2021, muitas empresas tiveram problemas neste setor, principalmente naquele país. Contudo, com a agitação do banimento surgiu a oportunidade para que outras empresas expandissem suas operações.
De qualquer forma, a taxa de hashsrate da rede do Bitcoin teve uma de suas piores quedas, considerado o pior ataque contra a moeda digital na visão de um minerador brasileiro.
Contudo, a recuperação da rede tem sido sólida e as empresas do setor estão garantindo que esse movimento não fique fraco.
Mineradora de Bitcoin Bitfarms vai reduzir muito seus custos na Argentina
Ao anunciar que está chegando com força na Argentina, com a instalação de 55 mil máquinas mineradoras de Bitcoin, a Bitfarms declarou que isso só foi possível devido ao baixo custo de energia. Dessa forma, a empresa irá ter ainda mais margem de lucro, afirmou o CEO Emiliano Grodzki em nota.
“A instalação da Argentina está planejada para produzir Bitcoin usando energia a uma taxa atraente de apenas US$ 2,2 centavos por quilowatt-hora, reduzindo substancialmente nosso já baixo custo de mineração de Bitcoin. Alavancar nossa experiência e infraestrutura corporativa, bem como de nossos parceiros de construção altamente respeitados, é parte de nossa estratégia para crescer mais rápido e mais eficientemente, minerando Bitcoin com margens de lucro melhores.”
Após assinar contratos com uma empresa de engenharia, aquisição e construção (EPC), a Bitfarms iniciou a construção de uma unidade de produção, que havia sido anunciada em abril.
Essa será a maior planta planejada de mineração da empresa com sede em Quebec, no Canadá, que já tem mais cinco operações no país. A nova instalação será distribuída em quatro edifícios no estilo armazém, dentro dos portões de uma empresa de energia.
Além da empresa responsável pela construção da edificação, a Bitfarms contratou outra independente para supervisionar a obra e garantir o controle de qualidade necessário para o pleno funcionamento da nova planta de mineração.
Planos para chegar também no Paraguai
Mas o movimento da empresa com sede no Canadá não deve parar na Argentina, visto que os planos compartilhados pelo CEO Emiliano são de instalar mais máquinas no Paraguai, até 2022.
“Nossa nova instalação de alta produção na Argentina, que deve acomodar mais de 55.000 mineiros após a conclusão, expandirá muito nossa capacidade e pegada global. Combinado com a expansão em Quebec, Canadá, e nossa construção planejada no Paraguai, estamos posicionados para atingir nossa meta corporativa de 8 exahash por segundo até o final do ano de 2022”.
Esse cenário mostra que grandes empresas do setor de mineração já estão mirando países da América Latina para instalar operações, principalmente quando oferecem baixos custos de energia.