Mineradoras de Bitcoin seguem migrando para o setor de IA

Mineradoras de Bitcoin começaram a pivotar para o setor de Inteligência Artificial (IA) ainda em 2023 para atender a demanda desse novo mercado. Essa migração segue forte e cada vez mais mineradoras estão aproveitando essas oportunidades.

Na segunda-feira (21), por exemplo, a Nothern Data Group disse estar abandonando completamente a mineração para focar exclusivamente no setor de IA. A empresa é ligada a Tether, famosa defensora do Bitcoin.

“A mineração é uma parte fundamental do legado e da história de crescimento da Northern Data. Continuamos a apoiar a tecnologia blockchain e acreditamos em seu potencial.”

“Esse compromisso significa que identificar o gestor certo para esse negócio valioso é de extrema importância, enquanto solidificamos nosso foco em impulsionar a inovação em IA por meio de uma infraestrutura de primeira classe e sistemas de energia carbono-neutros”, comentou Aroosh Thillainathan, fundador e CEO da Northern sobre a venda da Peak Mining, seu braço de mineração.

Já nesta terça-feira (22) foi a vez da Core Scientific, segunda maior mineradora listada em bolsa, anunciar um empreendimento de 200 megawatts para o setor de IA.

“A Core Scientific irá modificar a infraestrutura em um de seus locais para fornecer aproximadamente 120 MW adicionais de carga crítica de TI para hospedar as GPUs da CoreWeave.”

Segundo as informações, as mudanças devem começar na segunda metade de 2025, ficando operacional apenas em 2026. Ou seja, um sinal claro de sua visão otimista no longo prazo.

“Em maio, comunicamos nossos planos de contratar aproximadamente 500 megawatts de carga crítica de TI para hospedar computação de alto desempenho. Com o anúncio de hoje, cumprimos esse compromisso”, disse Adam Sullivan, CEO da Core Scientific.

“Há uma demanda significativa por infraestrutura para suportar cargas de trabalho computacionais da próxima geração. Nossos contratos com a CoreWeave representam a base para a evolução da Core Scientific em uma empresa líder em data centers, posicionada idealmente para atender a essa demanda.”

Também nesta semana, a Bernstein revelou que diversas outras mineradoras estão seguindo esse caminho. O maior exemplo citado é justamente a Core Scientific, alocando cerca de 33% para o setor de IA.

Recompensas do Bitcoin caem, concorrência aumenta

Além do otimismo em relação ao futuro da Inteligência Artificial, cada vez mais presente em nossas vidas, outro motivo que pode estar levando mineradoras a dividir suas operações é o próprio Bitcoin.

Isso porque as recompensas por bloco caíram pela metade em abril deste ano, gerando apenas 3,125 BTC a cada 10 minutos. Por outro lado, o poder computacional do Bitcoin continua crescendo, atingindo um novo recorde nesta semana. Já o preço da criptomoeda, terceiro fator dessa equação, segue em uma zona estável desde março.

Hashrate do Bitcoin em sua máxima histórica. Fonte: Ycharts.
Hashrate do Bitcoin em sua máxima histórica. Fonte: Ycharts.

Portanto, mineradoras estão com lucros apertados e, daqui a 3 anos e meio, estarão pressionadas novamente por um novo halving, o que justifica essa migração ao pensar no longo prazo. Independente disso, a segurança do Bitcoin segue em alta, como visto no gráfico acima.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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