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Ministro do STF suspende extradição de criador da Telexfree

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O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma liminar em ação rescisória para suspender a extradição de Carlos Wanzeler, cofundador da empresa acusada de esquema ponzi Telexfree. Wanzeler seria extraditado para os Estados Unidos, onde passaria por julgamento por diferentes crimes financeiros.

A decisão de extraditar Wanzeler foi tomada no dia 25 de setembro, também pelo STF, logo após o empresário acusado de golpe ter perdido a cidadania brasileira. Agora uma nova decisão, realizada no dia 7 de outubro e publicada no final dessa semana, concedeu a liminar para suspender a extradição até que o processo de recurso seja devidamente julgado.

Wanzeler responde a diversas ações penais nos Estados Unidos, onde é considerado foragido, por envolvimento no esquema de pirâmide financeira por meio da empresa Telexfree. Wanzeler se naturalizou estadunidense, mas quando foi intimado a depor pela justiça dos EUA, fugiu para o Brasil.

Wanzeler também foi denunciado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e evasão de divisas em operações financeiras no Brasil e nos Estados Unidos, e também responde processo por aqui.

No entanto, ele vem brigando desde 2018 para não perder a cidadania brasileira e ser extraditado (já que a justiça dos EUA tende a ser mais severa com casos como esse).

E após perder a cidadania e ter a extradição autorizada, a defesa realizada pelo escritório Almeida Castro Advogado Associados pediu a revogação da decisão por ofensa à Constituição e à Convenção para a Redução dos Casos de Apatridia, justamente contra a decisão de expatriar Wanzeler.

Sendo assim, o Ministro Marco Aurélio foi relator da ação rescisória no Supremo Tribunal Federal, permitindo que o acusado permaneça no Brasil enquanto o processo de recurso for julgado. Mesmo se Wanzeler for extraditado após esse processo, a Justiça Brasileira fez um acordo com a Justiça dos EUA para garantir que ele tenha pena máxima condizente com as regras brasileiras.

Criador da Telexfree também é julgado no Brasil

Carlos Wanzeler, co-criador da Telexfree

A Telexfree deu golpes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, com seus criadores se envolvendo com crimes de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro. Nos EUA, segundo as investigações, uma testemunha contou ter sido procurada para tratar de um esquema para enviar US $ 40 milhões à China, a mando de Wanzeler.

Já aqui no Brasil, a investigação do Ministério Público Federal (MPF) garante que os golpes da Telexfree renderam mais de R$ 213 milhões para o empresário. A família de Carlos é acusada de envolvimento em mais de R$ 23 milhões.

As investigações ocorrem de forma independente, com Wanzeler podendo ser julgado e condenado duas vezes, caso a extradição aconteça.

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Autor:
Matheus Henrique