A Alibaba, maior empresa de comércio eletrônico da China ganhou um concorrente que deve destruir seus planos de expansão. O governo Chinês. A empresa é dona de diversas plataformas semelhantes ao Mercado Livre e do aplicativo de pagamentos Alipay – juntos eles criam um ecossistemas de vendas online mais sofisticados e lucrativos do mundo.
A Amazon e a Alibaba competem entre si para ganhar a coroa de líder do mercado mundial de comércio eletrônico. A Amazon já reconheceu o fato de que para competir com a Alibaba na China eles precisam investir muito dinheiro e então se afastaram do país para se concentrar em outras regiões, inclusive começando a operar no Brasil.
Alibaba é frequentemente chamada de “Amazon da China” devido à sua trajetória de crescimento constante. Ela se tornou uma das empresas de tecnologia mais valiosas do mundo, atrás apenas da Apple, Google e Microsoft.
A empresa é agora a segunda maior de comércio eletrônico do mundo, perdendo apenas para a Amazon.
O grupo começou a expandir e conquistar novos clientes depois de focar em serviços financeiros, criando aplicativos de pagamentos e contas digitais, contudo, o governo Chinês começou a impedir a expansão da Alibaba recentemente, ameaçando um dos negócios que a empresa está crescendo mais. As informações são do site Nikkei Asia.
Alibaba poderia se tornar maior que bancos da China
A Alibaba começou a atuar até mesmo no mercado de empréstimos, decidindo a quem emprestaria dinheiro por meio de inteligência artificial. Se a empresa adquirir uma grande quantidade de fundos, então ela poderá se tornar uma entidade mais poderosa do que os bancos da China.
O mercado de pagamentos digitais na China é dominado pelo Alipay da Alibaba, que têm participação de 55% do mercado.
As autoridades regulatórias da China anunciaram no dia 24 de dezembro que a Alibaba está sob investigação por suspeita de violação da lei antimonopólio. A empresa também está enfrentando agora investigação de autoridades financeiras do país.
O anúncio da investigação contra a Alibaba chegou poucos dias depois que o Partido Comunista Chinês concluíram uma importante reunião sobre a economia.
Tais circunstâncias fizeram surgir a visão de que o yuan digital, a moeda digital da China, irá travar a expansão das empresas de TI, impedindo-as de atuarem como plataformas de pagamento.
O aplicativo de pagamentos digitais da Alibaba planejava listar suas ações na bolsa, mas as autoridades forçaram a empresa a adiar o processo. A justificativa da gestão econômica da China é prevenir a “expansão desordenada do capital”.
O fundador da Alibaba, Jack Man, criticou as autoridades chinesas: “não podemos usar os métodos de ontem para regular o futuro”, disse.
Porém, na medida que as empresas de TI começaram a ameaçar o reinado dos bancos estatais, o governo chinês passou a ficar mais rígido, exigindo que as empresas depositassem reservas no banco central do país, o Banco do Povo da China.
O governo Chinês sabe que se as operações financeiras das empresas de TI se expandirem em áreas fora do controle das autoridades, a política financeira da China perderá sua relevância.
Mas enfraquecer o poder das empresas de TI rapidamente acarreta um alto risco na economia, já que todo o varejo depende dos pagamentos digitais.
A solução que o governo encontrou foi o Yaun Digital, a moeda da china que deve entrar em operação para toda população este ano ou no próximo.
Os cidadãos da China então deverão usar o dinheiro digital da China ao invés de aplicativos de pagamento como do Alibaba, assim, a China pretende destruir aplicativos como o Alipay e outros.
No resto do mundo as empresas de TI já estão entrando em guerra com bancos e governos para decidir quem vai dominar os pagamentos digitais. O FMI até prevê um futuro onde os aplicativos de pagamentos de empresas de tecnologia substituam os bancos.
Mas na China, o governo é comunista, no país a moeda que vai reinar será a que o governo decidir. Portanto, o Alibaba está agora na berlinda.
Acompanhemos a partir daqui como acontecerá no resto do mundo, mas o país asiático já nos deus uma pequena prévia.