Alexandre de Morais, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aplicou uma multa diária de R$ 300.000 a Bruno Monteiro Aiub, mais conhecido como Monark. No entanto, o Banco Bradesco informou ao ministro que as contas do youtuber “não possuem saldo disponível”.
Segundo as acusações, Monark estaria espalhando desinformações através de diversas redes sociais, bem como atacando o Supremo Tribunal.
Além do youtuber, 19 plataformas que abrigam seus vídeos também foram obrigadas a cortar a monetização do conteúdo produzido por Monark. Caso desobedeçam à ordem, a multa será de R$ 100.000 por dia a cada uma delas.
Comunidade acredita que Monark está usando Bitcoin
Após o Bradesco revelar que o youtuber não tinha contas com saldo disponível, a comunidade rapidamente desconfiou que Monark está usando Bitcoin como uma reserva de valor. Afinal, ao contrário de bancos, o Bitcoin é descentralizado e saldos não podem ser congelados ou confiscados, caso estejam guardados em carteiras seguras.
Segundo rumores, Monark recebe um salário de R$ 50.000 por mês. Além disso, o youtuber também teria vendido sua participação no Flow Podcast no ano passado, por um montante não revelado. Portanto, seria ingenuidade acreditar que ele está falido.
“Funcionários do Bradesco procurando o saldo do Monark que já tá em Bitcoin”, escreveu um perfil humorístico sobre a situação com um vídeo do desenho Tom & Jerry.
https://t.co/68SGJQeQIX pic.twitter.com/EQ8JLx0R2m
— Fernando Ulpoor (@fernandoulpoor) August 3, 2023
Em março desse ano, Monark participou de uma conversa de quase 4 horas com Renato Amoedo, um dos maiores especialistas sobre Bitcoin do Brasil. No entanto, o youtuber não revelou nenhum investimento na criptomoeda, chegando a discordar de alguns pontos.
“Eu não acho que o cara ta fazendo um ato imoral de não comprar Bitcoin, entendeu? Eu acho que a gente tá indo muito longe”, disse Monark, enquanto Amoedo defendia o Bitcoin como uma proteção contra o Estado.
Comunidade compara Monark a Daniel Fraga
O caso de Monark lembrou a comunidade de que Daniel Fraga também passou por uma situação semelhante em 2015. Na data, a Justiça também tentou bloquear seus bens, mas não encontrou nada.
Assim como Monark, Daniel Fraga também era um criador de conteúdo. Em seus primeiros vídeos, de 2010, o youtuber fazia críticas mudas ao governo, denunciando a má gestão dos políticos enquanto filmava a situação deplorável das ruas de São Paulo.
Pouco depois, Fraga conheceu e começou a defender o Bitcoin em seus vídeos, mas também passou a criticar figuras políticas abertamente. Em um destes casos, foi processado por calúnia e injúria. Assim como no caso de Monark, a Justiça também não encontrou nenhum saldo disponível nas contas bancárias de Fraga.
“A favor da censura, né? Um cara que gosta de usar a força do Estado para calar as pessoas… Por que você não tenta aplicar uma multa nos meus bitcoins?”
“Pode tentar piorar, pode tentar fazer o que quiser, vocês nunca vão receber um centavo”, continuou Fraga. “Eu vou estar aqui para dar risada cada vez que vocês tentarem. Basta uma ordem judicial para tirar um conteúdo? Sendo que esse vídeo, ou os vídeos que já fiz, já foram copiados por muitas pessoas… Eu incentivei a copiar.”
“Então não adianta vim me processar, não adianta mandar tirar, porque eu só vou dar risada da cada de vocês.”
Daniel Fraga desapareceu em 2017, deixando de publicar conteúdo com seu nome, virando manchete até em tabloides estrangeiros. De qualquer forma, ele ainda mantém um site sobre Bitcoin no ar, ou seja, tudo indica que está vivo. Segundo rumores, o youtuber ficou milionário com seus investimentos em Bitcoin.
Por fim, a comunidade acredita que Monark tenha “dado uma de Daniel Fraga”, ocultando seu patrimônio em Bitcoin para que a Justiça não consiga confiscar seus bens.
“O novo melhor amigo do Monark.”
O novo melhor amigo do Monark 👇 pic.twitter.com/PgjzL6ZrK1
— Paradigma Education (@ParadigmaEdu) August 3, 2023