
Novo núcleo focado em criptomoedas (Reprodução)
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou na quinta-feira (6) a criação do Núcleo de Investigação e Rastreio de Ativos Virtuais (NIRAV). A nova divisão na hierarquia terá como atribuição atuar sob a Coordenação de Inteligência da Investigação, quando em missões de investigações contra o crime ou de natureza cível.
Apuração da reportagem ainda descobriu que a atuação do NIRAV deve atuar para realizar o bloqueio rápido de criptomoedas, de forma eficaz. A medida de persecução patrimonial é uma nova face do combate ao crime organizado no Rio.
Além disso, o MPRJ declarou que as corretoras de criptomoedas brasileiras e internacionais que atuam no país devem colaborar com o NIRAV. Ou seja, abre uma porta entre o órgão público e as empresas privadas que realizam intermediação de criptomoedas para clientes de forma inédita e formal. Não foram citadas na nova Resolução GPGJ nº 2.755/2025 o nome de exchanges específicas.
O documento que cria o núcleo contou com a assinatura de Antonio José Campos Moreira, Procurador-Geral de Justiça para o biênio 2025/2027, que assumiu o cargo em janeiro deste ano. Sob sua condução, tudo indica que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro avança nas investigações com cripto.
Como noticiado pelo Livecoins em agosto de 2025, o MP do Rio fechou uma importante parceria com uma empresa de rastreio de criptomoedas. Assim, devem utilizar a Chainalysis, pelo período de 12 meses, para conduzir suas investigações, solução também adotada pelo MP de Santa Catarina na mesma ocasião.
Já em setembro, um mês depois, anunciou que o CyberGAECO focaria suas atividades no combate a crimes cibernéticos, dentre os quais poderia investigar as criptomoedas. Contudo, mesmo como uma nova atribuição, o órgão não ficaria com sua ação restrita ao mercado cripto.
Agora em novembro, então, o MP deu um novo passo com a nova resolução, aprofundando seu trabalho investigativo sobre o crime organizado envolvido com criptomoedas no estado.
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