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Nigéria manda bancos fecharem contas de usuários de criptomoedas

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Depois de a Nigéria se tornar o principal mercado de Bitcoin na África, o governo do país iniciou uma forte pressão para impedir o crescimento das negociações da criptomoeda. O Banco Central da Nigéria (CBN) proibiu as instituições financeiras de oferecer serviços para empresas do mercado de Bitcoin e do setor de criptomoedas em geral. Vale destacar que a diretiva entrou em vigor logo após a publicação pelo governo.

A agência reguladora da Nigéria, além de proibir que os bancos oferecessem serviços financeiros para as empresas do setor de ativos digitais, também ordenou que as instituições fechassem as contas das empresas. De acordo com a diretiva publicada pelo governo, os bancos que não seguirem as regras  serão penalizados.

Missão impossível

Em 2017, o Banco Central da Nigéria admitiu que regular ou impedir as negociações de Bitcoin era praticamente impossível, parece que agora eles estão querendo tornar esse impossível, possível.

O site Google Trends mostra que a Nigéria tem o segundo maior interesse em Bitcoin do mundo.

Nos últimos cinco anos, a Nigéria registrou a negociação de mais de 60 mil bitcoins, dessa maneira o país africano se posiciona como o segundo país que mais negocia a criptomoeda em todo o mundo.

Segundo dados da CoinDance, de maio de 2015 até novembro do ano passado, as negociações de Bitcoin na Nigéria registraram um aumentou anual de quase 20%, sendo o ano de 2020 o que registrou o maior volume de negociações, com os nigerianos negociando mais de 20.500 bitcoins.

Mercado P2P

Dados da plataforma CoinDance revelam que em 2020 o volume de negociações de bitcoins no pais registraram um aumento de 30% durante o período de lockdown, a Paxful uma empresa especializada em negociação P2P de criptomoedas divulgou que houve um aumento de 137% em registros de novos usuários na Nigéria.

Na África as exchanges peer-to-peer (P2P) são as plataformas mais utilizadas, pelo fato de que os usuários não precisam se preocupar com as leis impostas pelo governo.

Vale destacar que a Paxful é a maior plataforma para negociação de P2P na África e em junho do ano passado ultrapassou a LocalBitcoins controlando 52% da participação de mercado.

A Paxful revelou que os nigerianos representam cerca de um quarto de sua base de clientes, e que conta com cerca de  1,3 milhão de contas registradas no país.

Segundo Nena Nwachukwu, gerente regional da Paxful Nigéria, os nigerianos usam a plataforma principalmente para negociação P2P e arbitragem.

Ele também disse que as criptomoedas são amplamente utilizadas em casos de envio de dinheiro para outros países “as transferências em criptomoedas são muito mais baratas e rápidas do que usar empresas tradicionais de transferência de dinheiro”. Explicou Nwachukwu.

Usuários também serão afetados

A nova circular emitida pelo banco central está agora ordenando que todos os Bancos de Depósito de Dinheiro (DMB), Instituições Financeiras Não Bancárias (NBFI) e Outras Instituições Financeiras (OFI) fechem imediatamente as contas de pessoas envolvidas na negociação de criptomoedas para evitar penaliadades.

“Além das diretrizes regulatórias anteriores sobre o assunto, o Banco por meio deste deseja lembrar às instituições reguladas que negociar em criptomoedas ou facilitar pagamentos para trocas de criptomoedas é proibido.”

O mercado P2P, portanto, será afetado.

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Autor:
Diego Marques