O CEO do Nubank, David Vélez, confirmou em uma entrevista recente que o banco digital está de olho em iniciativas como a tokenização de ativos e o PIX Internacional, principalmente entre países da América Latina.
Toda essa observação das tendências financeira decorre de o banco conhecer a agenda de desenvolvimento do Banco Central do Brasil.
Para Vélez, como uma empresa do setor, o Nubank está alinhado com o movimento da autoridade monetária brasileira. Com atuação em países como a Colômbia e México, o banco busca aproximar os reguladores com a realidade do Brasil, onde concentra a maioria de suas operações.
Nubank de olho em tokenização e PIX Internacional
Afirmando que o Nubank reinveste os lucros para desenvolver seus produtos, David Veléz conversou com o NeoFeed em uma entrevista exclusiva.
Com a operação brasileira extremamente rentável, segundo o CEO, o banco mira mais novidades para os clientes nos próximos anos.
Questionado sobre a tokenização de ativos, o CEO do Nubank declarou que o banco está atento a agenda de desenvolvimento do banco central, que prioriza o uso da tecnologia para aumentar a eficiência das empresas do mercado em benefício dos consumidores.
Além disso, o Nubank espera ser a ponte que liga o PIX Internacional, solução de pagamentos instantâneos do Brasil, a países como México e Colômbia.
Para o ano de 2023, o banco digital espera crescer ainda mais seus produtos. Em 2022, uma das soluções inauguradas foi a negociação de criptomoedas para seus clientes.
Nubank pode, novamente, enfrentar corretoras de criptomoedas e bancos para criar tokens
Enfrentando os bancões do Brasil nos últimos anos, o Nubank hoje concorre também com as corretoras de criptomoedas. Ainda que não permita saques e depósitos de criptos para seus clientes, investidores têm adquirido bitcoin através da solução do banco digital.
Para o futuro, caso o Nubank comece a tokenizar ativos, é possível que volte a concorrer com corretoras de criptomoedas e bancos.
Isso porque, corretoras como Mercado Bitcoin e Liqi já tokenizam ativos no mercado. Além disso, bancos como Itaú, Bradesco e Santander já possuem em seu caminho os planos da tokenização.
Ou seja, uma eventual entrada do Nubank no setor pode agitar a emissão de tokens no Brasil. E este é um mercado que a Comissão de Valores Mobiliários tem atuado com rigor, exigindo garantias das empresas.
Vale ressaltar, que o lançamento do Real digital, em formato CBDC, também deve contemplar a tokenização de ativos, dando vantagens aos bancos no setor.