O Bitcoin está mais uma vez em todas as manchetes após ter alcançando o valor de US $ 13 mil. Aqui no Brasil a moeda digital bateu recorde de preço histórico e está sendo negociado acima dos R$ 72 mil. No entanto, recentemente o ecossistema da maior criptomoeda do mundo atingiu outra métrica curiosa: O número de baleias de Bitcoin é o maior desde 2016.
As “baleias de Bitcoin” são aqueles endereços que possuem uma grande quantidade da criptomoeda. Além de serem os maiores “criptomilionários”, as baleias também podem alterar o curso do mercado caso vendam quantidades o suficiente para abalar a oferta e a demanda.
De acordo com uma pesquisa da Glassnode, a população de baleias do Bitcoin, que correspondem um número de vários endereços (ou apenas um) que pertencem a um único participante da rede com pelo menos 1.000 BTC, chegou a 1.939, o número mais alto desde setembro de 2016.
A quantidade desses endereços aumentou em 2,2% na última semana em meio ao aumento do preço da criptomoeda. Esse aumento pôde ter ajudando na pressão de compra por parte dos touros durante a valorização.
O Bitcoin passou a ultrapassar os níveis de resistência após o PayPal ter anunciado a integração de serviços de negociação com criptomoedas. Além disso, nos últimos meses houve um peculiar aumento de interesse institucional no Bitcoin, mas dessa vez como uma reserva de valor contra a inflação do dólar.
Baleias do Bitcoin está tentando fugir da desvalorização do dinheiro fiduciário
O aumento desses acumuladores de Bitcoin pode estar muito mais além da simples negociação da moeda em um bom momento, muitos podem estar adotando a moeda digital como uma proteção contra um futuro incerto.
Já tem um tempo que especialistas alertam sobre os riscos da moeda fiduciária e de uma crise financeira que se aproxima. Isso acontece desde antes do começo da pandemia, que foi apenas um gatilho para acelerar esse processo negativo. Claro, existem aqueles que acreditam que o Bitcoin não é uma boa reserva de valor, mas parece que o número de acumuladores mostra que esse sentimento de proteção está se tornando mais comum.
Willy Woo, famoso analista do criptomercado e uma importante figura dentro do ecossistema do Bitcoin, também acredita na correlação entre o status quo de reserva de valor com o número de baleias.
“Muitos olham para o BTC e duvidam que ele seja uma proteção.
Indivíduos com grandes quantidades de moeda e muito dinheiro certamente estão considerando isso como verdade e estão apostando.
Desde o último round da expansão do suprimento de dólar, as baleias do Bitcoin cresceram consideravelmente.”
Many look at the BTC price and doubt it's a hedge. High net worth individuals and funds certainly consider it to be true and betting on that with real money.
Since this latest round of USD money supply expansion, whales entities have increased their holdings of BTC markedly. pic.twitter.com/O1H6L41wXp
— Willy Woo (@woonomic) September 8, 2020
Mais baleias no mercado significa menos bitcoins disponíveis e logo, menor oferta.