“Nunca emprestamos dinheiro para a Singu”, diz BitcoinTrade em caso da Natura e Tallis Gomes

A citação das corretoras de criptomoedas acabou até mesmo dando brecha para que pessoas defendessem a Singu e a sua forma de declarar lucros, já que ela dizia faturar muito mais do que foi encontrado na auditoria financeira da companhia (como afirmado por Raiam).

A Natura é uma das empresas mais conceituadas do Brasil e um investimento considerado seguro por muita gente. Como qualquer outra ação, os títulos da empresa (NTCO3) também estão suscetíveis a quedas, mas muitos estão apontando para uma briga e conflito de interesse entre alguns envolvidos na sociedade da empresa e um influenciador digital como sendo o motivo pela recente queda das ações da companhia.

Apesar de ser algo impactante para os investidores, o conflito chegou também no mercado cripto, já que duas corretoras de criptomoedas, a Foxbit e a BitcoinTrade também foram citadas.

Ações da Natura estão caindo por causa de briga de influenciadores? Entendendo o Caso

Bom, para começar a entender o envolvimento da Foxbit e da BitcoinTrade em toda a situação, primeiro é necessário entendermos o básico do que aconteceu. Tudo se resume à alguns nomes conhecidos, principalmente Natura, Singu, Raiam Santos e Tallis Gomes.

A Singu é uma empresa na área de produtos e serviços de beleza, criada pelo Tallis Gomes, que também foi criador da Easy Taxi. Apesar de não ser muito expressiva, a Singu acabou sendo comprada pela Natura, um investimento muito importante, mas que acabou gerando diferentes problemas de governança para a Natura, o que até pouco tempo atrás era um investimento normal.

Então entra Raiam do Santos, um influenciador digital com uma briga com Tallis Gomes, que acabou divulgando vários dados e balanços sobre a Singu, levantando diferentes pontos que deixaram o mercado preocupado. Primeiro, Raiam divulgou que a Singu é uma empresa de baixo lucro e que gerou prejuízo por vários meses, não justificando o investimento da Natura.

Foi então que mais informações complicaram a situação, de acordo com o que foi divulgado, um dos sócios da Singu é Matheus Farah Leal, enteado de Guilherme Lea, que é um dos fundadores da Natura. Isso levantou um alerta vermelho para muitos, já que alguns acreditaram que a Natura não investiu na Singu por achar que a empresa traria valorização para seus clientes, mas sim para “salvar” um dos enteados dos sócios majoritários de um investimento ruim.

Para piorar, a Natura não divulgou para seus acionistas, nem mesmo para os fundos de investimentos que colocam dinheiro na empresa, sobre o envolvimento de Matheus Farah Leal na Singu e a ligação dele com Guilherme Leal. Isso se caracterizou como um conflito de interesse não divulgado ao mercado, além de ter criado um problema de governança entre os sócios da Natura, isso representa um problema difícil de ser lidado para a companhia com diferentes impactos futuros.

Além do problema com os investidores e sócios, os documentos também revelam que enquanto a empresa possuía um baixo faturamento, Tallis Gomes recebia salários quase milionários, o que irritou muitos investidores que não estavam tendo retorno com a Singus.

Confira um resumo sobre o caso:

Foxbit e BitcoinTrade envolvidas com o caso da Natura? Corretora nega ter emprestado dinheiro para a Singu

O curioso é que nos documentos revelados por Raiam Santos, que traz vários investidores mútuos da Singu, temos o nome de duas corretoras de criptomoedas envolvidas como os credores da startup: A Foxbit e a Bitcoin Trade (Nome jurídico Peertrade digital).

Fonte: Arquivos da Singu/JUCESP

A citação das corretoras de criptomoedas acabou até mesmo dando brecha para que pessoas defendessem a Singu e a sua forma de declarar lucros, já que ela dizia faturar muito mais do que foi encontrado na auditoria financeira da companhia (como revelado por Raiam).

Explicação sobre a situação da Singu, usando o envolvimento do criptomercado para tentar entender a diferença na divulgação e no lucro auditado.

Isso, claro, acabou deixando pelo menos uma das corretoras preocupadas, e de acordo com mensagens compartilhadas em um grupo, pelo menos a BitcoinTrade garante que nunca foi credora da Singu ou fez qualquer empréstimo para a startup.

Em um áudio que a reportagem obteve acesso, o fundador da BitcoinTrade, Carlos Andre Montenegro, afirmou que que a corretora não emprestou dinheiro para a Singu.

“A BitcoinTrade não emprestou dinheiro para empresa nenhuma, não empresta e não vai emprestar. Poderíamos até investir na Singu, caso a empresa tivesse um fit com o nosso negócio, se quisessem colocar um pagamento em Bitcoin, mas realmente não é o caso.”

Para oficializar a posição, a corretora também lançou uma nota oficial declarando que, realmente, nunca teve nenhum tipo de vínculo de credor com a Singu, como foi mostrado nos documentos.

A FoxBit disse também que não não investiu na Singu:

“A Foxbit informa que não é e nunca foi investidora da Singu”

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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