Os maiores clubes de futebol do Brasil, como Corinthians e Flamengo, por exemplo, receberam um ofício da CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas, pedindo esclarecimentos sobre os seus envolvimentos com o mercado cripto.
Além dos clubes, a Confederação Brasileira de Futebol também está entre os oficiados pela Câmara dos Deputados.
Intimados, os clubes terão um prazo de resposta até o próximo dia 1 de julho de 2023, quando os 10 dias dados pela CPI expira. O Livecoins teve acesso aos documentos que intimam os clubes, que não se manifestaram publicamente sobre o assunto.
Presidente do Corinthians e do Flamengo recebem ofício para responder a CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas
Em um dos ofícios enviados pela CPI das Criptomoedas, no último dia 21 de junho, o presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves recebeu uma intimação da Câmara dos Deputados.
De acordo com o documento, o clube paulista deve enviar informações para a investigação parlamentar, explicando todo seu envolvimento com o mercado de criptomoedas. Vale lembrar que o Corinthians criou seu próprio fan token, o $SCCP, que hoje custa 0,28 centavos de Dólar
Desde que foi criado, o ativo digital registrou uma grande alta em setembro de 2021, quando atingiu US$ 3,81, mas agora despenca 92%. Publicamente, o Corinthians não comentou sobre o caso.
Também lançada em 2021, a criptomoeda para torcedores do Flamengo, a $MENGO é outra na mira da CPI. Assim, outro ofício assinado pelos deputados federais foi encaminhado ao atual presidente do Flamengo, Luiz Rodolfo Landim Machado.
Similar ao $SCCP, o $MENGO também passa por um momento difícil no mercado de criptomoedas. Isso porque, desde a alta histórica do ativo digital em novembro de 2021, quando custava US$ 3,94, cada fan token do Flamengo despenca 88%, custando apenas US$ 0,44 nesta segunda-feira (26).
Vale lembrar que caso a CPI peça uma investigação contra os ativos no relatório final, eles podem despencar ainda mais no mercado de criptomoedas.
Veja lista completa de quais clubes devem prestar esclarecimentos para CPI
A reportagem do Livecoins também apurou que, ao todo, 13 ofícios foram expedidos pela CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas.
O primeiro deles, inclusive, pede esclarecimentos para Edinaldo Rodrigues, atual Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A intimação da CBF e de clubes de futebol foi aprovada na última reunião da CPI, no dia 20 de junho de 2023.
Confira a lista completa de ofícios enviada pela CPI das Pirâmides Financeiras de criptomoedas e quem deverá responder:
- Ofício 1/2023, solicitando informações à CBF (Edinaldo Rodrigues);
- Ofício 2/2023, solicitando informações ao Santos Futebol Clube (Andrés Rueda);
- Ofício 3/2023, solicitando informações ao Sport Club Corinthians Paulista (Duilio Monteiro Alves);
- Ofício 4/2023, solicitando informações ao São Paulo Futebol Clube (Julio Casares);
- Ofício 5/2023, solicitando informações ao Sociedade Esportiva Palmeiras (Leila Mejdalani Pereira);
- Ofício 6/2023, solicitando informações ao Clube de Regatas Vasco da Gama (Jorge Nuno Odone Salgado);
- Ofício 7/2023, solicitando informações ao Clube de Regatas Flamengo (Luiz Rodolfo Landim Machado);
- Ofício 8/2023, solicitando informações ao Fluminense Football Club (Mário Bittencourt);
- Ofício 9/2023, solicitando informações ao Botafogo Futebol e Regatas (Durcesio Mello);
- Ofício 10/2023, solicitando informações ao Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro (Ricardo Guimarães);
- Ofício 11/2023, solicitando informações ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (Alberto Guerra);
- Ofício 12/2023, solicitando informações ao Sport Club Internacional (Alessandro Barcellos);
- Ofício 13/2023, solicitando informações ao Cruzeiro Esporte Clube (Sérgio Santos Rodrigues).
A lista de ofícios enviada no dia 21 de junho de 2023 dá 10 dias de prazo de resposta a todos os clubes. Os ofícios seguem a mesma estrutura textual, por isso, não estão incluídos todos os documentos na presente matéria.
Por fim, é a primeira vez que os clubes de futebol prestam informações desde que emitiram seus ativos digitais no mercado de criptomoedas.