Agente da PF cumpre mandado de busca e apreensão na Operação Decrypted, para brasileiros que roubaram corretora de bitcoin nos EUA (Crédito/PF)
A Polícia Federal do Brasil, com do escritório da El Dorado Task Force da Homeland Security Investigations (HSI), em Nova York (EUA), deflagrou a Operação Decrypted mirando brasileiros que estavam roubando uma corretora de bitcoin norte-americana.
O nome da plataforma alvo dos hackers não foi divulgada nesta fase das investigações. Além disso, as autoridades mantiveram a identidade dos investigados sob sigilo para não comprometer o processo.
Vale destacar que a corretora alvo dos criminosos perdeu criptomoedas de suas carteiras, no valor total de 2,6 milhões de dólares. Na cotação do Dólar hoje, o valor ultrapassa os R$ 14 milhões.
Dentro do escritório de investigações da HSI nos EUA, a polícia federal foi representada pelo Oficialato de Ligação da PF.
“As investigações tiveram início após informações repassadas pela agência norte-americana. Ao longo de um ano de apurações no Brasil, foi possível identificar pessoas vinculadas ao furto eletrônico de criptoativos no valor de aproximadamente US$ 2,6 milhões, subtraídos de carteiras mantidas em uma exchange sediada nos Estados Unidos“, disse a PF em nota.
Os indivíduos localizados no Brasil estavam concentrados principalmente no Estado do Maranhão, no nordeste do país.
Assim, a Operação Decrypted cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro contra todos os investigados. As buscas ocorreram na terça-feira (27), nas cidades de Imperatriz e João Lisboa (Maranhão), Palmas (Tocantins) e Goiânia (Goiás).
Todos os mandados contaram com autorização da justiça federal do Brasil.
Um dos pontos mais importantes da nova operação contra o crime no mercado cripto foi a situação apurada pelas autoridades. De acordo com a PF, os suspeitos vinham recebendo valores de corretoras de criptomoedas acima do que declaravam, mostrando movimentação financeira incompatível.
“Também foi constatada movimentação financeira incompatível com a capacidade econômica dos principais investigados, que recebiam elevados valores de provedoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs), sem justificativa comercial ou negocial“, indicou em nota a PF.
O volume de eletrônicos apreendidos pela PF, o que indica que os suspeitos também estavam trabalhando com a comercialização de itens. O caso indica uma possível operação de lavagem de dinheiro, sob investigação.
Além disso, os suspeitos mantinham várias armas de fogo em sua posse e veículos de luxo, também já em posse das autoridades.
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