Uma pirâmide financeira utilizando a imagem do Bitcoin acabou sendo alvo de uma operação da polícia civil batizada de “Faraó”.
As chamadas pirâmides financeiras são consideradas como crimes contra economia popular, visto que costumam arrecadar dinheiro de quem entra por último no esquema para pagar os primeiros, em um modelo de negócios nada sustentável.
Nos últimos anos, vários destes crimes começaram a utilizar a imagem do Bitcoin, moeda digital que funciona pela internet. Isso porque, como o BTC registrou uma grande alta no mercado, os líderes de pirâmides viram uma oportunidade de justificar os grandes ganhos que oferecem aos clientes.
Vale notar que a maior parte dos esquemas que utiliza o Bitcoin como pano de fundo nem mesmo chega a investir na criptomoeda.
Pirâmide financeira com imagem do Bitcoin é alvo de Operação Faraó
A 1.ª Delegacia de Polícia Civil de Cacoal, do Estado de Rondônia, deflagrou na última sexta-feira (24) uma operação contra um esquema de pirâmide financeira, visando as operações de uma empresa da região.
A empresa é suspeita de cometer “crimes Contra a Economia Popular, Estelionato, Lavagem de Direito, Crime Contra o Sistema Financeiro e Organização Criminosa em Cacoal-RO“.
Em nota, a PC-RO informou que foram meses de investigações sobre o negócio. Nesse tempo, foram detectados indícios de que a utilização das criptomoedas, em específico do Bitcoin, era uma fachada de fato para um esquema criminoso, que pode ter lesado alguns investidores.
A PC-RO informou que ao cumprir os mandados de busca e apreensão, uma pessoa acabou sendo presa pela Operação Faraó. Além disso, foram apreendidos notebooks, aparelhos celulares, relógios smartwatch e até uma arma de fogo, do tipo pistola, mas que estava sem registro.
“A operação continua em andamento, mas já contabiliza uma prisão.”
A polícia civil informou que segue apurando o caso, mas não informou se algum valor em dinheiro ou Bitcoin foi apreendido na operação. O nome da empresa e do suspeito preso também não foram divulgados pela autoridade policial.
Vale o destaque que nos últimos meses vários esquemas de pirâmide com criptomoedas voltaram a surgir no mercado, impulsionados principalmente pela nova alta do Bitcoin, que registrou uma grande valorização e hoje vale mais de R$ 230 mil cada.
Para evitar cair em pirâmides, é importante que investidores evitem a promessa de rendimentos fixos no mercado, além de suspeitar de esquemas que oferecem facilidades demais com investimentos. Na prática de pirâmides também é comum a prática de marketing multinível, visto que o pagamento dos antigos dependem dos mais novos, sendo outro ponto a se observar.