A Polícia Civil do Paraná cumpriu um mandato de prisão contra uma mulher de 29 anos em Curitiba (PR), na manhã da quinta-feira (7). De acordo com investigação das autoridades, a gerente de um banco da capital paranaense ajudou um grupo de hackers que roubaram R$ 22 milhões de uma empresa de São Paulo, valor depositado em um banco.
Nem a mulher e nem a empresa vítima, muitos menos o banco tiveram suas identidades reveladas após a operação da PCPR. De qualquer forma, houve a apreensão de uma série de itens junto com ela, além de documentos.
“No curso das investigações, apurou-se a participação da mulher, que atuava como gerente de contas vinculada a uma agência bancária de Curitiba, responsável por facilitar movimentações financeiras suspeitas“, destacou o delegado da PCPR Reinaldo Zequinão.

As autoridades indicam que após o roubo, a pronta ação ajudou na recuperação de R$ 10 milhões. Outros R$ 12 milhões seguem na busca pelas autoridades.
Gerente de banco em Curitiba foi presa por suspeita de ajudar hackers que roubaram R$ 22 milhões e colocaram parte do recurso em criptomoedas
Conforme apurado pelo Livecoins, a mulher de 29 anos estava em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Em sua residência, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão.
A polícia indica que no cumprimento dos mandados, vários objetos relacionados ao crime financeiro foram encontrados, que podem colaborar com o aprofundamento das investigações em curso.

“O crime foi constatado no dia 11 de julho, quando hackers invadiram a conta da empresa e, por meio de um esquema articulado, pulverizaram os valores desviados em diversas contas associadas a criptoativos, dificultando o rastreamento“, disse a PCPR em nota.
Apesar de indicar que os hackers utilizaram criptomoedas no esquema financeiro, as autoridades não divulgaram a apreensão de valores nestes ativos, nem qual a movimentação realizada com estes.
Muito dinheiro em espécie apreendido pelas autoridades, passaporte também
Ao apresentar alguns dos itens apreendidos na operação desta quinta, a PCPR mostrou várias cédulas de R$ 50,00 em posse da gerente de banco suspeita. Não foi informado, contudo, qual valor estava em espécie na residência dela.

Além disso, notas de R$ 100,00 também foram encontrados, passaportes apreendidos e outros eletrônicos que devem passar por perícia.

As investigações seguem em curso na busca por outros participantes da fraude, além do restante de valores subtraídos das contas da empresa de São Paulo.