PCC pode ter envolvimento com pirâmide de Bitcoin em Santos

Primeiro Comando da Capital é considerada uma organização criminosa no Brasil.

O Primeiro Comando da Capital, famoso PCC, é considerada pelas autoridades a maior facção do Brasil. Em uma investigação feita pela polícia de São Paulo, ficou exposto que o PCC pode ter envolvimento com uma pirâmide de Bitcoin, com sede no litoral paulista.

O PCC de fato foi criado no estado de São Paulo, em 1993, dentro dos presídios paulistas. Considerado pelas autoridades brasileiras uma organização criminosa, o PCC hoje teria atuação em diversos países pelo mundo.

Com uma operação grande, membros do PCC teriam buscado maneiras de lavar dinheiro do negócio. Com a popularização das criptomoedas, como o Bitcoin, o grupo é apontado pela polícia como sendo um dos usuários dessa tecnologia no Brasil atualmente.

Em Jornal da Band, reportagem aponta que PCC pode ter esquema de lavagem de dinheiro com Bitcoin, até pirâmide pode ter sido criada pelo grupo em Santos

O Bitcoin é uma moeda digital, que funciona pela internet em todo o mundo. Como um dinheiro digital, permite realizar transações sem interferências de terceiros, sendo realizadas de maneira P2P, ou seja, pessoa para pessoa.

Como uma nova tecnologia, separada do sistema financeiro nacional dos países, o Bitcoin tem sido associado com a prática de crimes. O doleiro Dario Messer, por exemplo, afirmou nos últimos dias que é possível lavar dinheiro com Bitcoin e que a prática tem se tornado comum.

Em uma reportagem especial hoje, o Jornal da Band falou sobre a relação do Bitcoin com o PCC, considerada pelas autoridades uma facção criminosa no Brasil. O caso começou a chamar atenção quando André do Rap foi preso em uma operação policial, apontado como um dos líderes do PCC.

De acordo com a Band, o PCC, pela figura de André, teria utilizado inúmeros esquemas para ocultar dinheiro. Um inquérito policial investiga um amplo esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico, com foco na baixada santista.

Entre as empresas que estariam lavando dinheiro para o PCC, estariam lojas de roupa, restaurante e até uma ONG. Além disso, o inquérito aponta que uma pirâmide de criptomoedas estaria na mira dos policiais.

Corretora de criptomoedas em Santos, que pode ser de fato uma pirâmide financeira, recebeu mais de R$ 300 milhões de investidores

O inquérito aponta que uma corretora de Bitcoin, com sede no litoral paulista, na cidade de Santos, poderia ser parte do esquema do PCC. Ao captar mais de R$ 300 milhões de clientes, o negócio teria pedido recuperação judicial.

Tal situação é semelhante à vivida pela BWA Brasil, que recentemente pediu recuperação judicial na cidade de Santos após acusações de operar um esquema de pirâmide com Bitcoin. A reportagem não citou se é essa a empresa envolvida no inquérito policial.

De acordo com a Band, a lista de investidores da empresa surpreendeu a polícia do estado de São Paulo. Vários investidores do negócio seriam investigados por ligação com tráfico de drogas, além de não ter renda compatível com os investimentos na pirâmide de Bitcoin que supostamente teria ligações com o PCC.

Em conversa com o advogado Jorge Calazans, o especialista deixou claro que esquemas assim atraem muitos investidores que buscam ocultar patrimônio. Como o mercado de investimentos com criptomoedas não é regulamentado no Brasil, negócios fraudulentos usam a imagem do Bitcoin aproveitando que a Comissão de Valores Mobiliários não fiscaliza esse setor.

Essa não é a primeira vez que o PCC teria sido relacionado com o Bitcoin. Em março de 2019, a polícia militar tática encontrou uma operação de mineração de Bitcoin com membros do PCC.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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