A PF deflagrou a sétima fase da Operação Kryptos, contra a organização criminosa chefiada pelo Faraó dos bitcoins, e buscou a apreensão de veículos ligados ao crime. Em nota a imprensa, a Polícia Federal do Brasil disse que a nova operação foi batizada de “McQueen”.
As primeiras buscas de veículos associados aos crimes começaram no dia 2 de maio de 2023, com a PF voltando a cidade de Cabo Frio (RJ). O Faraó dos bitcoins, Glaidson Acácio dos Santos, é o principal suspeito de comandar um grupo de extermínio na cidade, além de ofertar falsos investimentos sem autorização.
Até a última quinta-feira (4), a PF encontrou e apreendeu vários veículos que pertencem a membros da quadrilha. Nesta fase da investigação, não há informações sobre novas prisões de suspeitos.
PF apreendeu veículos de luxo do Faraó dos bitcoins
A PF disse que “o objetivo de desarticular e descapitalizar organização criminosa responsável pela prática de crimes contra o sistema financeiro nacional envolvendo criptomoedas”.
Agentes receberam a missão de cumprir 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. De acordo com a PF, as buscas ocorrem em três cidades do Estado, sendo Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e a capital Rio de Janeiro.
Além disso, em São Paulo (SP), outros mandados também foram cumpridos no âmbito da Operação McQueen.
O balanço da operação indica que foram apreendidos diversos carros e motos de alto valor, entre eles um veículo com blindagem. A soma do valor dos bens ultrapassa R$ 3.000.000.
Faraó e cúmplices podem pegar até 40 anos de prisão
Diante da situação atual em curso pela investigação da PF e a nova Operação McQueen, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de operação sem autorização de instituição financeira, gestão fraudulenta, organização criminosa e apropriação indébita. Se condenados, eles podem cumprir pena de até 40 anos de reclusão.
Vale lembrar que a primeira fase da Operação Kryptos ocorreu em 2021, quando o Faraó dos bitcoins foi preso. Alguns clientes chegaram a protestar e pedir sua liberdade, enquanto ele passava por várias investigações na esfera federal e estadual.
Ao longo de 2022, várias outras operações encontraram ainda mais documentos e provas contra o esquema. Além disso, vários bens utilizados pela organização criminosa estão em posse da justiça e poderão ser leiloados para devolução de valores a clientes.
Por fim, Glaidson Acácio teve sua transferência para um presídio de segurança máxima do Paraná atendido pela justiça, no início de 2023. Sua esposa, a venezuelana Mirelis Zerpa, segue foragida das autoridades brasileiras.