A Polícia Federal do Brasil realizou a primeira condução coercitiva a pedido da CPI das Pirâmides Financeiras, na manhã desta terça-feira (3). O cumprimento do mandado ocorreu em Campos dos Goytacazes (RJ), buscando o suposto trader Gleidson da Costa Gonçalves.
Dono da Grow Up Club, ele era um dos convocados como testemunha para depor na CPI das Pirâmides Financeiras. Como se negou a responder ao chamado para comparecer para tomada de depoimento, a PF teve que buscar ele em sua casa.
Gleidson havia retornado ao seu condomínio de luxo em Campos dos Goytacazes nos últimos dias, como noticiado em primeira mão pelo Livecoins.
Assim, a partir das 14h30 ele é esperado na Câmara dos Deputados para depor para os deputados federais.
PF cumpre primeira condução coercitiva da CPI das Pirâmides Financeiras de criptomoedas
Conforme apurado pela reportagem do Livecoins com fontes oficiais da CPI das Pirâmides Financeiras, Gleidson da Costa já está a caminho de Brasília na manhã desta terça-feira (3).
Sob escolta da Polícia Federal, ele não poderá faltar em seu depoimento agendado para as próximas horas.
Até então, os deputados da CPI das Pirâmides Financeiras de criptomoedas haviam convocado todas as testemunhas e eles haviam comparecido. Com o primeiro mandado de condução coercitiva cumprido, tudo indica que na reta final os parlamentares não irão admitir mais a falta aos depoimentos.
O primeiro mandado de condução coercitiva ocorre em Campos dos Goytacazes, no condomínio “Royal Boulevard”. Vítimas da Grow Up que acusam Gleidson da Costa de aplicar um golpe estavam no local e filmaram a ação da PF contra o suspeito.
Além de Gleidson da Costa, a CPI pretende realizar a tomada de depoimento de José Augusto Madureira, Rogério Júlio Soares Madureira, Larissa Rodrigues Garcia Goulart Ferreira e Antônia Cristiana Soares Madureira, todos envolvidos com a 123Milhas.
Como funcionava o possível esquema da Grow Up, que entrou na mira da CPI?
A Grow Up se estabeleceu em Campos dos Goytacazes com a promessa de ganhos fáceis e rápidos, associados ao mercado de criptomoedas e forex. Sem autorização para funcionamento, a empresa mantinha um perfil de captação discreto, para não atrair a atenção das autoridades.
Mas como suspendeu os saques a clientes, mais de 300 pessoas, ele se tornou alvo de uma investigação junto a polícia civil do Rio de Janeiro, após denúncias. Na CPI das Pirâmides Financeiras, os deputados pediram também a quebra de sigilo do investigado.
“Requeiro, nos termos do art. 58, § 3o da CF, combinado com o art. 35, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e de dados, junto a corretoras de criptoativos (Binance, Mercado Bitcoin, Bitso e FoxBit), da empresa Grow Up Club (CNPJ: 32.668.023/0001-65) e de seu presidente, Gleidson da Costa Gonçalves, no período correspondente aos anos de 2019 a 2022.”
Com o depoimento nesta terça, os clientes aguardam por mais informações sobre o caso, após meses de silêncio e falta de saques.