A Polícia Federal Argentina (PFA) anunciou a prisão de um hacker russo que operava um esquema de criptomoedas do país. De acordo com as autoridades, ele pode ter participado de um roubo cibernético de 100 milhões de criptomoedas em 2023.
De acordo com o relatório policial acessado pela Agencia Noticias Argentinas, o réu de 39 anos pode estar ligado a um evento ocorrido em 2022, no qual um grupo de hackers norte-coreanos roubou US$ 100 milhões em criptomoedas.
Além disso, os investigadores determinaram que o homem atuava neste negócio há vários anos na Argentina, enquanto foi identificado como residente na cidade de Buenos Aires e utilizou a modalidade de aluguel temporário para não ser detectado pelas autoridades.
Polícia Federal da Argentina prende hacker russo envolvido em crimes com criptomoedas
Dessa forma, o russo conseguiu um grupo do Telegram para realizar o ato criminoso com o restante da quadrilha. Os policiais federais realizaram uma série de tarefas investigativas, como cruzamento de ligações e rastreamento de criptoativos por meio de softwares específicos.
Nesse sentido, identificaram cada um dos proprietários, que fariam parte de um grupo de hackers conhecido como “Harmony Bridge 2022”. O Tribunal Penal Econômico Nacional nº 2, chefiado por Pablo Yadarola, ordenou quatro incursões nas ruas Rodríguez Peña, Nicarágua, Fray Justo Santa María de Oro e Pasaje Anasagasti, na Capital Federal.
Durante os procedimentos, a Polícia Federal capturou o principal suspeito e uma argentina de 35 anos, enquanto outra jovem e um homem de nacionalidade brasileira, maior de idade, foram notificados do caso.
Também apreenderam 54 mil dólares na criptomoeda chamada USDT, 15 milhões de pesos em dinheiro, 16 códigos QR para acesso a carteiras virtuais, seis celulares, computadores e outros itens de interesse da causa. O detido foi colocado à disposição do juiz interveniente por violação do Código Penal, no que diz respeito aos crimes de branqueamento de capitais.
Vale o destaque que, desde 2023, o FBI colocou uma recompensa pela captura dos hackers ligados ao caso do ataque a rede Harmony. A polícia federal dos EUA também colaborou com as investigações que levaram a prisão do hacker russo.
Ministério Público da Argentina confirmou uso de ferramenta de rastreio de criptomoedas da TRM Labs em operação
Em nota após a operação, o Ministério Público da Argentina (MPBA) confirmou o uso de uma ferramenta de rastreio para chegar ao suspeito.
“Esse avanço foi alcançado graças à sofisticada ferramenta de rastreamento TRM Labs, que permitiu o acompanhamento das criptomoedas roubadas através da inteligência blockchain até o seu saque em uma conta de exchange vinculada ao suspeito.”
Por fim, as autoridades ainda divulgaram um agradecimento a colaboração internacional com o FBI. “A colaboração entre a Procuradoria de Crimes Cibernéticos de San Isidro e o FBI sublinha a importância da cooperação internacional na luta contra os crimes cibernéticos e financeiros, marcando um passo significativo na busca por justiça na esfera digital“, disse o MPBA.